domingo, 28 de setembro de 2008

Lula defende controle da inflação e diz que "era dos economistas" acabou no Brasil

GISELLI SOUZA
Colaboração para a Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu neste domingo o controle da inflação e disse que a "era dos economistas" acabou e que agora quem "manda" no país é a engenharia. A comparação foi feita em virtude da construção de refinarias de petróleo e do crescimento da indústria naval com a descoberta da camada pré-sal.

"Graças a Deus acabou a era dos economistas mandarem na economia e agora está entrando a era da engenharia voltar a ter um papel importante nesse país. Porque durante 20 anos nós ficávamos discutindo apenas a nossa dívida [...] Agora, podemos anunciar construção de refinarias, siderúrgicas e fábricas de cimento. Estamos fazendo isso porque quando a economia cresce, ela tem que ter estrutura", afirmou Lula, durante comício na manhã de hoje, em São Bernardo (ABC paulista).

O presidente disse que é preciso controlar a inflação porque quem "paga a conta é o povo que vai comprar o que comer". Lula relembrou também que a última refinaria de petróleo construída no Brasil foi em 1980 e que a construção de mais três refinarias --previstas na sua gestão--serão realizadas no Brasil.

"No governo passado, [os trabalhadores] eram contratados em Cingapura, porque diziam que nós não tínhamos engenharia e tecnologia. Agora elas serão feitas aqui no Brasil com mão-de-obra de homens e mulheres deste país".

Lula voltou a comemorar o crescimento da economia e disse que os reajustes salariais dos trabalhadores estão sendo feitos graças ao "excelente" momento do país.

"A economia está crescendo, as indústrias estão crescendo e o salário está aumentando. Noventa por cento dos acordos salariais feitos neste ano são feitos com ganhos reais de aumento salarial. Hoje, os trabalhadores estão tendo mais oportunidade que na minha época", disse o presidente.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Paes firme no Rio e Lula voa para 2014 (Pedro do Coutto - Tribuna da Imprensa)

Na semana passada, as últimas pesquisas do Ibope e Datafolha divulgadas nos jornais com poucos dias de diferença uma da outra revelaram que Eduardo Paes consolidou-se para prefeito do Rio nas urnas de outubro deste ano, enquanto o presidente Lula decolou vôo para retornar ao Palácio do Planalto na sucessão de 2014.

Vamos por partes. O levantamento do Ibope sobre as intenções de voto para a prefeitura carioca, publicado sábado, confirmou plenamente o realizado pelo Datafolha: o candidato do PMDB subiu 8 escalas em relação a quinze dias atrás, atingindo 27 por cento. Marcelo Crivela estacionou em segundo lugar, com 23, os demais ficaram muito distantes. Segundo turno entre Paes e Crivela, com ampla vantagem para o primeiro. O quadro parece irreversível, já que a pesquisa foi feita no momento em que o horário de propaganda na televisão completava três semanas.

Luís Inácio da Silva deu a partida para suceder seu sucessor ou sucessora nas eleições de 2014, com base na pesquisa do Datafolha que apontou um êxito extraordinário a seu favor: 64 por cento da opinião pública nacional consideram seu governo entre ótimo e bom. É regular para 28 por cento, o que a meu ver significa neutralidade, e ruim e péssimo somente para 8 por cento. Um resultado fantástico, que torna inevitável sua sexta candidatura à presidência da República.

Porém - na vida há sempre um porém - depende do Congresso aprovar em 2009 emenda constitucional acabando com a reeleição. Com isso, abre-se uma nova perspectiva para o quadro político do País. Com o prestígio em alta assim, agora refletido em todas as classes sociais, e não somente nos grupos de renda menor, a futura candidatura de Lula é inevitável.

No Rio, o panorama apresenta sinais de estar definido. O desempenho de Eduardo Paes na TV está melhor do que o dos demais candidatos e candidatas. Marcelo Crivela situa-se no patamar de sempre, entre 21 e 23 pontos, patamar que alcançou nas eleições majoritárias de 2002 para o Senado, de 2004 para a prefeitura, de 2006 para governador do Estado.

Por que sustento que o desempenho de Paes está melhor? Não em função das promessas que faz, pois isso todos fazem e elas são impossíveis de cumprir num sistema de desemprego alto, salários baixos, favelização crescente, comércio de drogas, sustentado pelo crime institucionalizado e pela violência que atormenta e intimida toda sociedade. Está melhor porque o candidato, sozinho ou em companhia de Sérgio Cabral, dirige-se diretamente ao eleitorado. Isso é fundamental.

Numa de suas obras, "A idéia do cinema", o jornalista, poeta e ensaísta José Lino Grunewald considerou a novela "Gabriela", de autoria de Jorge Amado, dirigida na rede Globo por Walter Avancini, o melhor filme brasileiro de todos os tempos. Traçou um paralelismo entre o cinema e a televisão, encontrando mais pontos de convergência do que divergência. Relativamente aos pontos de divergência, citou um teórico americano de comunicação, cujo nome não me lembro agora (não é MacLuhan), que assinalava um aspecto interessante.

Dizia o teórico, no texto de Grunewald: o cinema, mesmo que haja apenas um espectador na sala, é um espetáculo produzido para a multidão. Na TV, existe sempre uma multidão no outro lado da tela, mas quem aparece está falando com você. Perfeito. Tanto assim que o apresentador olha diretamente a lente da câmera. Sua expressão chega aos nossos olhos. É exatamente isso o que Eduardo Paes está fazendo. Suas mensagens, reais ou não, possíveis ou não, estão sendo remetidas personalizadamente. Está se saindo bem. As peças visuais dos demais candidatos os distanciam dos eleitores.

Não é a mesma coisa. Não imprime. Não convence. Sob este ângulo, vale acentuar que a persuasão alcançada por Paes não é conseqüência só da máquina do governo do Estado. Em boa parte é pessoal. Tanto assim que foi muito fraca a avaliação do governador Sergio Cabral apresentada pelo Ibope. Três por cento o consideraram ótimo, 29 bom. Ruim e péssimo 22 por cento. Regular - que nada significa - para 46 por cento. Mas esta é outra questão. Como escrevi recentemente, com base no Datafolha, Paes está a um passo do Palácio da Cidade. Agora, o Ibope confirma.

Vamos falar de Lula 2014 e da excepcional popularidade que apresenta, objeto de uma conversa minha com o conselheiro aposentado do TCE-RJ, meu amigo Humberto Braga. Popularidade que vem especialmente dos seguintes pontos concretos, já que abstrações não podem levar ninguém à escala que o presidente alcançou: os salários dos empregados particulares e das estatais, que perderam para a inflação do IBGE, de 95 a 2002, passaram a empatar. Um avanço concreto, sem dúvida, dos maiores. O desemprego recuou pouco, mas recuou.

A imagem pessoal de Lula é muito boa. Não ameaça, não tensiona, não passa pessimismo. O crédito se expandiu enormemente. Ao contrário do que Marx previu no manifesto de 1848, a sociedade está preocupada muito mais com o consumo do que com a produção. Além disso, Lula é mais forte do que as legendas, entre elas a do PT. Uma prova? Ei-la: a demissão do ministro José Dirceu, a cassação de seu mandato parlamentar e o próprio mensalão não o abalaram. Pelo contrário. Outro argumento: a comparação com FHC. Isso, em síntese.

sábado, 20 de setembro de 2008

Lula diz que ajuda à economia dos EUA demorou a sair

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (20), em São Paulo, que o governo norte-americano demorou para anunciar uma medida efetiva de ajuda aos bancos e, assim, pôr fim à crise financeira que tem reflexo mundial mundial.

“O governo dos Estado Unidos demorou a tomar uma atitude”, afirmou o presidente, ao participar hoje de um comício eleitoral.

"Finalmente, ontem, o presidente George Bush assinou um pacote disponibilizando cerca de U$ 500 bilhões para comprar os títulos podres das empresas que estavam quebrando”, complementou Lula.

Lula disse também que está “olhando com uma lupa” a situação econômica dos Estados Unidos. Segundo ele, apesar de a economia do Brasil estar indo muito bem, se os Estados Unidos vão mal, todos os países são prejudicados. “Eles são a maior economia do mundo”, lembrou.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Lula manda recado para oposição e pede a adversários aguardarem 2010 "para ver"

da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou um recado à oposição nesta sexta-feira e pediu para seus adversários aguardarem até 2010 para ver o que vai acontecer no país depois da descoberta do pré-sal e das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) estarem concluídas.

Em discurso em Mossoró (RN), o presidente ressaltou a boa relação com governadores e prefeitos que, independente de partido político, estão discutindo projetos para o PAC.

"Se os adversários estão preocupados porque as coisas estão dando certo, esperem para ver o que vai acontecer neste país até 2010, depois do pré-sal, depois do trem-bala, depois das obras do PAC estarem sendo concluídas, como serão a partir do ano que vem. A partir do ano que vem, o meu desejo é andar por este país inaugurando obras", afirmou.

O presidente disse que seu governo está dando certo porque ele não tem um "olhar mesquinho e partidário" e faz investimentos de acordo com as necessidades da população de receber investimentos. Lula disse que um presidente tem de ser, antes de tudo, um republicano.

"Eu não quero saber se a prefeita é do DEM, do PMDB, do PSB, do PTB, do PT. Eu não quero saber se o governador é corintiano, é flamenguista ou é vascaíno. Eu não quero saber se ele é evangélico se é católico. Eu quero saber que o povo daquela cidade ou Estado tem as necessidades de receber os investimentos. É por isso que esse país está dando certo. É porque eu não tenho um olhar mesquinho, partidário", afirmou.

Lula disse que aprendeu a ter esse pensamento porque teve a humildade de perder três eleições seguidas para presidente e não deixar "amontoar" no seu coração "uma única gota" de ódio ou raiva contra "quem quer que seja".

O presidente também voltou a dizer que quando terminar seu mandato, em 31 de dezembro de 2010, vai deixar registrado em cartório para seu sucessor tudo o que foi feito no seu governo "para que o novo presidente estabeleça um paradigma para este país".

"E aí, quando sentarem na mesa da Presidência, eles [os sucessores] vão ter uma grande preocupação. Estará registrado em cartório que um cidadão que não tem diploma universitário governou este país e fez tudo isso e 'eu, que tenho diploma, tenho que fazer muito mais do que ele'. É esse o paradigma", disse.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Lula apóia expulsão de embaixador dos EUA da Bolívia em entrevista a TV

da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista exclusiva à TV Brasil que apóia a decisão do presidente Evo Morales de expulsar da Bolívia o embaixador dos Estados Unidos Philip Goldberg. "Se for verdade que o embaixador dos EUA fazia reunião com a oposição do Evo Morales, o Evo está correto de mandá-lo embora."

"Não é de hoje e é famosa a interferência das embaixadas americanas em vários momentos da história do continente americano. Então, eu acho que houve um incidente diplomático, se o embaixador estava tendo ingerência na política lá, o Evo está correto", completou.

Morales expulsou Goldberg há uma semana sob a alegação de que ele dava apoio à oposição da Bolívia por ter interesse nos ideais separatistas do grupo. O processo de expulsão ocorreu em meio a violentos e freqüentes protestos de grupos anti-Morales. O pior deles ocorreria na madrugada seguinte à expulsão, na localidade de El Porvenir, e deixaria ao menos 15 mortos.

"O papel de embaixador não é fazer política dentro do país. Ele está como representante do seu país, em uma relação de Estado com Estado, ele representa o Estado. Aqui no Brasil, uma vez, uma embaixadora americana, em um jornal brasileiro, respondeu uma crítica que eu tinha feito ao Bush. Eu mandei o Celso Amorim chamá-la e dizer que não era admissível ela dar palpite sobre a entrevista do presidente da República", contou Lula.

No caso da Bolívia, a expulsão deu origem a uma crise diplomática. No dia seguinte, os EUA expulsaram o embaixador boliviano Gustavo Guzmán. Por solidariedade a Morales, então, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, expulsou o embaixador dos EUA Patrick Duddy. Mais uma vez os EUA reagiram, expulsando o embaixador venezuelano Bernardo Alvarez.

Na entrevista, Lula diz ter conversado "várias vezes" com o presidente dos EUA, George W. Bush, recentemente, por causa da crise política boliviana. O presidente brasileiro contou que, nas conversas, tinha o objetivo de pressionar Bush a aprovar "tarifas especiais" para alguns "produtos bolivianos".

Segundo Lula, as negociações estavam avançadas, "mas, como houve essa expulsão do embaixador eu penso que agora essas coisas podem ficar paralisadas".

Quanto às aspirações separatistas da oposição boliviana, Lula disse "pedir a Deus" para que isso não aconteça. O presidente disse esperar que a resolução de apoio a Morales elaborada na Unasul (União das Nações Sul-Americanas) seja cumprida. "Eu acho que as pessoas estão percebendo que nós estamos bem-intencionados com a Bolívia. Todo mundo quer ajudar a Bolívia, agora é preciso que a Bolívia queira ser ajudada."

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Lula afirma que crise norte-americana é quase imperceptível no Brasil

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil


Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (16) que a crise financeira nos Estados Unidos é “quase imperceptível” no Brasil.

“Ela pode atingir [o Brasil], mas certamente atingirá menos do que em qualquer outro momento”, disse o presidente ao chegar para um almoço no Ministério das Relações Exteriores em homenagem ao primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg.

De acordo com o presidente, o que está puxando a economia brasileira é o mercado interno, que continuará sendo fortalecido pelo governo.

Lula disse que o governo brasileiro está acompanhando a crise norte-americana diariamente, mas que ainda não há uma visão geral do que está acontecendo.

“É uma crise que nenhum economista sabe. Eu converso com vários economistas e ninguém tem ainda uma visão geral do que vai acontecer na crise americana”, disse.

domingo, 14 de setembro de 2008

Blog do Josias: Lula vira mito e PSDB entoa Noel: "Com que roupa?"

da Folha Online

Mais do que medir a popularidade de Lula, a última pesquisa do Datafolha, divulgada na sexta-feira, mensurou o tamanho do desafio da oposição para 2010, afirma o blog do Josias de Souza.

Para o blog, ao atribuir ao governo Lula 64% de aprovação, o instituto informou ao país e aos adversários do presidente que o eleitorado já não vê Lula como um político, nem como pessoa, mas como um mito. O mito do retirante nordestino que chegou lá.

Na análise do blog a questão agora é o que fazer para se contrapor a um mito?

Para ele, esboça-se uma disputa presidencial guiada pelo signo da continuidade. "Lula e Dilma o poste por ora mais bem-posto- chegam com o discurso pronto: fazer mais e melhor", afirma.

O blog também afirma que os tucanos, prováveis adversários do "lulismo", ainda está "em dúvida quanto à roupa que vai usar na festa", em referência à música de Noel Rosa, que compôs o samba "Com que roupa?".

sábado, 13 de setembro de 2008

Pela primeira vez, Lula ocupa residência oficial dos presidentes da República, em Petrópolis

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro - Depois de cinco e oito meses de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Marisa Letícia finalmente vão se hospedar na residência oficial de verão dos presidentes da República, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. Às 17h45, Lula e dona Marisa, chegaram ao Palácio Rio Negro, acompanhados do governador do RJ, Sérgio Cabral, e de sua mulher, Adriana Ancelmo, e do ministro da Educação, Fernando Haddad. Agora à noite, eles jantam no Palácio Rio Negro.

Lula e a comitiva foram recebidos pelo prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo. O presidente foi presenteado por Bomtempo com um par de abotoaduras e um prendedor de gravata com a coroa imperial. Dona Marisa ganhou uma pulseira de ouro com trevos que representam a catedral de Petrópolis. O casal também recebeu um aparelho de jantar completo, cujas louças têm retratados os pontos turísticos da cidade, como o Quitandinha, o Museu Imperial, o Palácio de Cristal, o Palácio Rio Negro e a Catedral.

O presidente e a primeira dama vão dormir esta noite e a de amanhã na mesma cama onde já se acomodaram pelo menos 15 dos presidentes do Brasil desde 1903, quando o palácio, construído em 1889, foi incorporado ao governo federal. Getúlio Vargas e Juscelino Kubistchek foram os que mais se hospedaram no Rio Negro.

A tradição foi interrompida em 1969, com o presidente Costa e Silva, e retomada em 1997, com o então presidente Fernando Henrique Cardoso.

O prefeito Rubens Bomtempo acredita que nestes quase 30 anos os presidentes em exercício deixaram de se hospedar no Rio Negro porque tinham propriedades particulares de veraneio, como os generais Ernesto Geisel, em Teresópolis, e João Figueiredo, em Petrópolis, ou porque o momento econômico do país não era propício a visitar o palácio, o que ocorreu com José Sarney e Fernando Collor de Mello.

Na década de 80, o palácio foi cedido para o governo do estado e depois para a prefeitura de Petrópolis, quando ficou aberto à visitação pública e para a realização de saraus para convidados. Em 1997 o Rio Negro voltou para a administração federal e, sob a responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), passou por obras de reforma, orçadas em R$ 720 mil.

“Durante quase 10 anos, o palácio ficou sob a administração da prefeitura e nós devolvemos ao Iphan, que fez a reforma, com uma contribuição de R$ 220 mil da prefeitura. Neste momento, o palácio não está aberto à visitação, mas o projeto do Iphan é que ele seja aberto e se transforme na casa dos presidentes”, lembrou Bomtempo.

Neste sábado (13), o presidente vai a Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, inaugurar um hospital. De volta a Petrópolis, Lula inaugura uma escola técnica e, ao lado dos ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e do Turismo, Luiz Barreto, lança um programa de incentivo ao turismo em parques nacionais.

À noite, o presidente assiste a um espetáculo de som e luzes. No domingo pela manhã, Lula e dona Marisa deixam o Palácio Rio Negro e seguem, de helicóptero, para a Ilha de Marambaia, no litoral sul do estado, onde passam o dia.

Para garantir a segurança nas ruas de Petrópolis durante a visita do presidente, a Polícia Militar mobilizou 72 homens. Já a Guarda Municipal descolou 30 agentes para orientar o trânsito na cidade.

domingo, 7 de setembro de 2008

Surge alguém capaz de fazer ‘gato-sapato’ de Lula



Animação sobre fotos de Lula Marques




Um avô, como se sabe, é um pai sem exigências. Não seria diferente com Lula.



Levado pelo presidente ao palanque do 7 de Setembro, o menino Ashtar revelou-se mais ousado do que toda a oposição junta.



Filho de Fábio Luís, um dos filhos de Lula e Marisa, Ashtar fez gato-sapato do avô.



Num instante em que é adulado em todos os palanques municipais, Lula arrostou até mordidas do neto.



Mordidas de amor, contudo. Em tudo semelhantes às bicadas do tucanato.



Se Lula não cuidar, o menino acaba sentando praça no PSDB quando crescer.

Escrito por Josias de Souza às 17h40

Lula volta atrás e grava para candidatos em Pernambuco

Vanessa Calado
Especial para o UOL

No Recife

Depois de negar que gravaria para candidatos da base aliada durante sua passagem por Pernambuco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou atrás e aceitou participar do horário eleitoral na TV (o guia) para cinco deles.

Os contemplados foram João da Costa (PT, candidato no Recife), André Campos (PT, Jaboatão dos Guararapes), Renildo Calheiros (PCdoB, Olinda), Gonzaga Patriota (PSB, Petrolina) e José Queiroz (PDT, Caruaru).

As mensagens do presidente e também da ministra Dilma Roussef (Casa Civil) foram gravadas na casa do governador pernambucano, Eduardo Campos (PSB), pouco antes de Lula e sua comitiva deixarem o estado em direção a São Paulo, na sexta-feira (6).

O prefeito do Recife, João Paulo (PT), disse que todos os depoimentos foram feitos de improviso pelo presidente e personalizados para cada candidato.

"As mensagens gravadas pelo presidente Lula serão um grande reforço para as campanhas. Pernambuco é um dos estados em que a avaliação do presidente é mais alta, por tudo o que ele vem fazendo pelo Nordeste, atacando as desigualdade regionais", disse.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Governo se mostra preocupado com clima tenso no Paraguai

16h42 -
Ana Luiza Zenker*
Repórter da Agência Brasil


Brasília - Por meio de nota divulgada hoje (2) pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), o governo brasileiro se mostrou preocupado com as denúncias feitas ontem (1º) pelo presidente do Paraguai, Fernando Lugo, que afirmou que o ex-presidente Nicanor Duarte e o ex-general Lino Oviedo querem desestabilizar seu governo.

Na nota, o Itamaraty afirmou que o Brasil confia na manutenção plena da institucionalidade democrática do Paraguai, “e reafirma seu apoio ao presidente Lugo, legitimamente eleito pelo povo paraguaio”.

Ontem (1º) Lugo convocou a imprensa local para uma coletiva, para denunciar um “complô golpista”, depois de ser informado da realização de uma reunião no domingo na casa de Lino Oviedo. “Como presidente, não permitirei que as Forças Armadas sejam utilizadas por interesses sectários. Peço à cidadania que esteja alerta diante de possíveis golpes. Não permitiremos que se atente contra a liberdade do nosso povo”, afirmou o presidente.

Segundo informações da BBC Brasil, participaram da reunião Oviedo, Duarte, o presidente do Congresso Nacional, senador Enrique González Quintana, o vice-presidente do Tribunal de Justiça Eleitoral, Juan Manuel Morales, o procurador-geral do Estado, Rubén Amarilla, e o general Máximo Díaz, que atua como elo entre as Forças Armadas e o Parlamento.

Este último foi quem informou às Forças Armadas sobre o encontro. Oviedo teria convocado a reunião para saber como os militares viam o clima político com o impasse vivido em torno da posse de Nicanor Duarte como senador eleito, realizada pelo presidente do Congresso.

Políticos governistas questionaram a iniciativa, alegando falta de quórum para a posse. Lugo declarou que Duarte deveria "ir pra casa" e se "conformar" com o cargo de senador vitalício a que tem direito por ser ex-presidente.

No fim de semana, em entrevista a um jornal local, Lino Oviedo criticou Lugo por esta postura. Ontem, Lugo fez declarações que confirmaram o clima político tenso no país, menos de vinte dias após a sua posse como presidente.

*Com informações da BBC Brasil

Lula diz que diretoria de Abin foi afastada para garantir transparência nas investigações

16h42 -
Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil




Vitória (ES) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (2), em Vitória (ES), que a determinação do governo de afastar temporariamente toda a cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi tomada para garantir a transparência nas investigações sobre o envolvimento do órgão nas denúncias de escutas telefônicas ilegais.

“Esse problema, por enquanto, está resolvido: a decisão pelo afastamento [da direção da Abin] foi tomada para mostrar que haverá transparência nas investigações. Se algum de vocês souber de alguma coisa é só falar – porque a fonte conversou foi com vocês jornalistas, não foi comigo. Se quiserem me facilitar as investigações, a gente pode resolver logo o problema. Se não quiser, nós temos que investigar a coisa com muita profundidade", disse o presidente Lula.

Lula foi questionado por jornalistas sobre a crise gerada entre os Poderes Executivo e Judiciário, a partir de notícias, que tornam a Abin suspeita de ter realizado escutas ilegais no gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e de outras autoridades, conforme reportagem publicada na edição desta semana da revista Veja. A Polícia Federal vai investigar o caso.

O governo anunciou a decisão do afastamento da cúpula da Abin, ontem à noite, horas depois de o presidente Lula ter se reunido com Gilmar Mendes, no Palácio do Planalto, para tratar do assunto. Nota divulgada pelo Palácio do Planalto, logo após a decisão pelo afastamento, já informava que a decisão havia sido tomada com o objetivo de garantir a transparência.

As declarações do presidente Lula foram dadas logo após a cerimônia de comemoração pelo início da produção do primeiro óleo do pré-sal na costa do estado do Espírito Santo.