sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Lula defende CPMF e diz que invejosos querem prejudicar milhões de brasileiros

30/11/2007 - 20h15

CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio

Sem citar nomes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu indiretamente o antecessor ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a oposição. Segundo Lula, a oposição não imaginava que um "peão", que só fez o "primário" daria certo como presidente.

"Fui eleito presidente em 2002. Alguns adversários imaginavam que esse peão não daria certo. Imagina, o cara só tem o primário, um cursinho do Senai. Acha que vai dar certo? Pois bem, essa gente que pensava que iríamos fracassar não sabe lidar com sucesso do país", disse ele estaleiro Mauá, em Niterói (RJ).

Na semana passada, FHC criou polêmica ao dizer que quer "brasileiros melhor educados, e não brasileiros liderados por gente que despreza a educação, a começar pela própria. A base governista entendeu a declaração como uma crítica à baixa escolaridade de Lula.

Lula afirmou ainda que a oposição, que não engole o sucesso de seu governo, tenta barrar a prorrogação da CPMF. Mais cedo, ele criticou o DEM --que avisou que votará contra o tributo.

"Tem alguém que não está feliz neste país. Não podemos deixar que a inveja, a soberba e mesquinhez de poucos atrapalhem a vida de milhões de brasileiros", disse ele sobre a oposição. "A última deles [da oposição] é tirar R$ 40 bilhões do Orçamento, tentando vetar a CPMF. Eles esquecem que o governo desonerou R$ 36 bilhões nos últimos meses. Eles são contra a CPMF porque é um imposto mais justo para combater sonegadores no país."

Terceiro mandato

Lula voltou a afirmar que não tem intenção de disputar um terceiro mandato. Ao discursar para metalúrgicos no estaleiro Mauá, Lula disse que seu mandato acaba em 2010 e que não é candidato a nada.

O presidente chegou a brincar com os empregados dizendo que pode até voltar ao estaleiro para pedir emprego. "Meu tempo de emprego é menor que os quatro anos de construção desses navios. Posso até pensar em procurar uma vaga aqui depois do meu mandato", afirmou Lula, disse ao se referir aos quatro navios que serão construídos nos próximos quatro anos com investimentos de US$ 275 milhões.

Eles fazem parte da primeira etapa do programa que prevê a construção de 26 embarcações para a Transpetro. O total do programa inclui 42 navios.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u350251.shtml

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Lula diz que só o DEM e os sonegadores são contrários à CPMF

29/11/2007 - 13h51

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a atacar duramente hoje o DEM --a quem chamou de PFL, antigo nome da legenda-- por tentar derrotar a votação da PEC (proposta de emenda constitucional) que prorroga a cobrança da CPMF até 2011. Lula disse que o DEM torce todos os dias para as coisas "não darem certo no país".

"Quem quer acabar [com a CPMF]? Além do PFL [atual DEM] que torce todo dia paras as coisas não darem certo nesse país porque eles governaram e não conseguiram fazer o que o país queria que fosse feito. Ficam agora com o discurso de que é muito imposto", disse Lula hoje no Espírito Santo, onde participa de uma série de inaugurações.

O presidente afirmou que além do DEM, os sonegadores têm medo da CPMF. "Quem tem medo da CPMF é que sonega imposto."

Segundo Lula, o dinheiro da CPMF beneficia a parte mais pobre da população. "Na verdade, o dinheiro da CPMF é para a saúde, para a aposentadoria de trabalhador rural e para o Bolsa Família. É pra isso quer serve a CPMF."

Lula já havia adotado esse tom ontem à noite em entrevistas para a Rede TV! e para o SBT. Para o SBT, Lula afirmou que somente o DEM e os sonegadores eram contrários à CPMF. "Tem dois setores radicalizados contra a CPMF: o PFL, que não tem nada a perder e não tem perspectiva de futuro; e tem alguns sonegadores. Os empresários sérios e os pagadores sérios sabem que o dinheiro da CPMF é um dinheiro bem empregado."

Na Rede TV!, Lula afirmou que o DEM é contra a CPMF porque não tem perspectiva de voltar ao poder. "Nós temos uma coisa no Congresso Nacional, que é seguinte: o PFL [atual DEM] tem toda a razão de estar radicalizado. É um partido que não tem perspectiva de poder, é um partido que tem apenas o governador do Distrito Federal, que é favorável à CPMF. [...] O PSDB governa dois dos Estados mais importantes do país [São Paulo e Minas Gerais], além disso governa o Rio Grande do Sul, governa a Paraíba. Os governadores são favoráveis à CPMF", disse para a Rede TV!.

Outro lado

A executiva nacional do DEM reagiu nesta quinta-feira à declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o partido não tem perspectiva de poder. Em nota oficial, o presidente e líderes do partido afirmam que Lula fez uma previsão que "não lhe pertence", além de desrespeitar a oposição de forma "arrogante a autoritária".

"Mais relevante que qualquer perspectiva de futuro para um líder e um partido político é representar as exigências e as necessidades da população e do país no tempo presente. A razão que leva o DEM a votar contra a prorrogação da CPMF é a certeza que este imposto é nocivo ao bolso do povo brasileiro e prejudicial ao desenvolvimento da economia", diz a nota.

O partido alega que a prorrogação da CPMF só interessa ao presidente Lula porque o governo pretende "seguir gastando o dinheiro das pessoas de forma perdulária e sem qualquer controle".

Em um tom agressivo, os democratas acusam Lula de "cinismo" ao afirmarem que o presidente mente ao país. "Não é um presidente da República que mente de forma cínica, que governa de costas para o país, que passa por cima dos compromissos assumidos, que não defende os valores éticos e que minou a confiança e a esperança das pessoas que vai definir o futuro do país ou o futuro do Democratas."

Na nota, a executiva do DEM ainda afirma que o povo brasileiro saberá eleger novos políticos para se "livrar da incompetência e da corrupção" que atingem o país nos dias de hoje. O partido considerou as palavras de Lula "insultosas, agressivas e desnecessárias ao presidente da República.

http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2007/11/29/ult4728u5330.jhtm

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Lula critica declarações de FHC e ironiza participação de tucano em conferências

27/11/2007 - 16h54

RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

Sem citar o nome de seu antecessor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou as declarações, na semana passada, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e ironizou a participação do tucano em conferências.

"Presidente não gosta de conferência, a não ser antes ou depois, como vida profissional, para ganhar dinheiro fazendo conferência", disse Lula na posse do novo presidente do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), Renato Maluf, no Palácio do Planalto.

"Mas participar de conferência para ouvir o que alguns acham que é desaforo, quando, na verdade, é desabafo, assistir à conferência para ouvir gente falar mal do governo quando o bom é ouvir falar bem, não é normal", reiterou.

Na semana passada, FHC não poupou críticas ao governo Lula nem ao petista. Ele ironizou de forma indireta a baixa escolaridade de Lula.

"Aqui [no PSDB] há acadêmicos, e não temos vergonha disso. [...] Faremos o possível e o impossível para que saibam falar bem a nossa língua. É por isso que em Minas Gerais o ensino passou para nove anos, e não quatro. Queremos brasileiros melhor educados, e não liderados por gente que despreza a educação, a começar pela própria", disse FHC no encerramento do 3º congresso do PSDB, em Brasília.

O ex-presidente disse que uma "elitezinha apressada se abotoou no poder", numa referência ao PT. "Somos gente que estuda e trabalha. Trabalha e estuda."

A declaração de FHC irritou integrantes do Planalto. O novo ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, foi escolhido porta-voz do governo para falar sobre o assunto. "Conhecendo a biografia do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, não acho essa uma declaração parecida com sua história nem que engrandece os brasileiros que o admiram", afirmou.

Múcio repetiu uma antiga declaração de Lula e afirmou que FHC não sabe se comportar como ex-presidente. "Gosto muito do modelo americano: o ex-presidente não critica quem está na gestão. Acho [isso] elegante e ajuda o país."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u349138.shtml

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Lula deve assumir as articulações para aprovar CPMF no Senado

26/11/2007 - 17h04

RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve assumir as articulações no Congresso para aprovar a prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011. Ele examina a possibilidade de partir para o corpo-a-corpo com os senadores que rejeitam a proposta na tentativa de convencê-los a votar a favor do governo.

A decisão foi tomada na reunião de coordenação realizada nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto. Na reunião estiveram presentes os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), Guido Mantega (Fazenda), Paulo Bernardo (Planejamento), Franklin Martins (Comunicação Social), José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) e José Gomes Temporão (Saúde).

A Folha Online apurou que o governo trabalha com um cronograma rígido para a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que prorroga a CPMF. O objetivo é que o primeiro turno ocorra entre os dias 12 a 15 de dezembro. Em seguida, deverá ser realizado o segundo turno.

Nos dois turnos de votação no Senado, o governo precisa de 49 votos favoráveis à CPMF. Com o desafio, Lula reafirmou hoje, durante a reunião de coordenação, que Múcio deve convencer o PTB --que é o partido do ministro-- a votar a favor da proposta.

Na semana passada, enquanto Múcio era nomeado ministro, o PTB anunciou sua saída do bloco de apoio do governo no Senado. A tendência é de a cúpula petebista liberar seus seis senadores para que votem como desejarem em relação à CPMF. Mas o governo quer convencê-los a evitar o voto contrário. Neste esforço, o ministro se reúne amanhã com seus colegas de legenda.

Lula determinou ainda que todos os ministros trabalhem em favor da unidade da base aliada. Segundo interlocutores, o presidente defendeu que todos os partidos que apóiam o governo votem favoravelmente à prorrogação.

Governistas informam que o empenho é para concentrar as atenções na aprovação da prorrogação até 2011. Segundo eles, por enquanto não se examina um "plano B".

Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u348801.shtml

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Presidente Lula, que nega um possível desabastecimento de gás natural, vai à Bolívia pedir ao seu colega Evo Morales mais do mesmo combustível

* Vai também negociar novos investimentos da Petrobras no país vizinho, que nacionalizou duas refinarias da estatal brasileira.

Especialistas afirmam que o consumidor brasileiro somente poderá se sentir aliviado a partir de 2009, quando a Petrobras iniciará importações de gás natural liquefeito.

(Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás)