quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Lula critica declarações de FHC e ironiza participação de tucano em conferências

27/11/2007 - 16h54

RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

Sem citar o nome de seu antecessor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou as declarações, na semana passada, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e ironizou a participação do tucano em conferências.

"Presidente não gosta de conferência, a não ser antes ou depois, como vida profissional, para ganhar dinheiro fazendo conferência", disse Lula na posse do novo presidente do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), Renato Maluf, no Palácio do Planalto.

"Mas participar de conferência para ouvir o que alguns acham que é desaforo, quando, na verdade, é desabafo, assistir à conferência para ouvir gente falar mal do governo quando o bom é ouvir falar bem, não é normal", reiterou.

Na semana passada, FHC não poupou críticas ao governo Lula nem ao petista. Ele ironizou de forma indireta a baixa escolaridade de Lula.

"Aqui [no PSDB] há acadêmicos, e não temos vergonha disso. [...] Faremos o possível e o impossível para que saibam falar bem a nossa língua. É por isso que em Minas Gerais o ensino passou para nove anos, e não quatro. Queremos brasileiros melhor educados, e não liderados por gente que despreza a educação, a começar pela própria", disse FHC no encerramento do 3º congresso do PSDB, em Brasília.

O ex-presidente disse que uma "elitezinha apressada se abotoou no poder", numa referência ao PT. "Somos gente que estuda e trabalha. Trabalha e estuda."

A declaração de FHC irritou integrantes do Planalto. O novo ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, foi escolhido porta-voz do governo para falar sobre o assunto. "Conhecendo a biografia do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, não acho essa uma declaração parecida com sua história nem que engrandece os brasileiros que o admiram", afirmou.

Múcio repetiu uma antiga declaração de Lula e afirmou que FHC não sabe se comportar como ex-presidente. "Gosto muito do modelo americano: o ex-presidente não critica quem está na gestão. Acho [isso] elegante e ajuda o país."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u349138.shtml

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