sábado, 28 de dezembro de 2013

Campos minimiza saída de lideranças do PSB


Luciana Nunes Leal | Agência Estado


      
O presidente nacional e possível candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, procurou minimizar a saída de lideranças do partido ocorrida desde que os socialistas deixaram o governo Dilma Rousseff.
"Não há crescimento sem dor. O PSB está crescendo em conteúdo, em sinergia com a sociedade, em qualidade de quadros que chegam para nos ajudar", afirmou o governador de Pernambuco ao participar da primeira reunião do PSB-RJ sob o comando do novo presidente, o deputado federal Romário.O ex-jogador de futebol chegou a deixar o PSB, mas voltou à legenda depois da intervenção nacional e da saída do ex-presidente regional, Alexandre Cardoso, prefeito de Duque de Caxias (cidade na Baixada Fluminense).Campos disse que o PSB procurará uma candidatura forte no Estado do Rio, mas evitou falar se será do próprio partido ou em aliança. "O Estado do Rio vive uma crise política. Queremos discutir alternativas para 2014 e procurar o caminho da boa política. Há muito tempo o PSB do Rio queria uma discussão interna porque desde as eleições municipais enfrentamos o PMDB em várias cidades", afirmou.O governador mostrou entusiasmo com a candidatura de Romário ao Senado e só descartou uma aliança com o PMDB do governador Sérgio Cabral. Campos aceitou inclusive a possibilidade de uma composição com candidato que não o apoie na disputa nacional. "Vamos construir (uma aliança) com outras forças políticas do nosso campo. Por tudo que o Rio representa e pela situação pela qual o Rio passa, não podemos ser egoístas e querermos um palanque só. Da nossa parte não há problema em estarmos com pessoas que estarão em outros palanques", afirmou.Ele evitou responder às críticas do ex-ministro Ciro Gomes, que, com o irmão, Cid Gomes, governador do Ceará, trocou o PSB pelo recém-criado Pros. "Estou cuidando do que é sério". Sobre a saída do governo Dilma, o presidente do PSB disse que o partido tomou "posição muito madura e rara na política hoje em dia"."Batemos na porta da frente e dissemos que ajudamos a construir esse projeto, não nos arrependemos disso, e também reconhecemos os avanços do tempo do PSDB quando éramos oposição. Mas há muito tempo defendemos a necessidade de um novo pacto social, de uma nova agenda, e dizemos que nem tudo está perfeito. O PSB deseja oferecer uma candidatura, é legítimo querer oferecer uma alternativa, mas não decidiremos hoje. Na hora em que o PSB tomar decisão por candidato próprio, vamos apresentar não só um nome, mas um programa. O debate no Brasil irá além do `nós e eles'", afirmou.Já na condição de novo presidente do PSB-RJ, Romário afirmou que "a partir de agora" o partido "terá nova cara e tomará novo rumo". Ele disse ter sido informado da decisão da Juventude Socialista do Rio de desfiliar o PSB por causa de um suposto acordo fechado com a candidatura ao governo do deputado e ex-governador Anthony Garotinho. "Não saiu de nenhum de nós a possibilidade de aliança com Garotinho ou com qualquer um que seja, neste momento", assegurou.

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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Campos diz que Rossi ‘conseguiu fazer o brega ser ouvido por todos’

Governador compareceu ao velório do cantor na noite desta sexta-feira (20).
Artista faleceu em decorrência de complicações de um câncer de pulmão.

Do G1 PE
 
Eduardo Campos (Foto: Katherine Coutinho/G1)
 
Eduardo Campos (Foto: Katherine Coutinho/G1)
O governador Eduardo Campos afirmou, nesta sexta-feira (20), que o cantor Reginaldo Rossi conseguiu fazer o brega ser ouvido por todos. “Nós estamos vivendo um momento de luto em Pernambuco. Reginaldo conseguiu quebrar preconceitos, aproximar universos que eram distantes uns dos outros, fazer o brega ser ouvido por todos, fazer música popular com qualidade, fazer um show com a presença de diversos ritmos da nossa música”, afirmou durante o velório do músico, que ocorre na Assembleia Legislativa, Centro do Recife.

Campos ainda destacou que o compositor contribuiu para divulgar as belezas de Pernambuco. “É uma perda muito grande da nossa cultura, um querido amigo, um pernambucano que levou o nome do nosso estado para o Brasil e para o mundo, que divulgou as belezas do Recife, de Itamaracá, de todo o nosso estado, que fez a alegria no palco de muitas gerações”, comentou.

Marceneiro Luiz Carlos faz cover de Rossi (Foto: Katherine Coutinho/G1)Marceneiro Luiz Carlos, que faz cover de Rossi, foi ao
velório (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Ao ficar sabendo da notícia da morte de Rossi, o governador diz ter ficado muito triste. “Por outro lado, foi o que disse a seus parentes: Reginaldo Rossi não teve uma vida que comportasse limitações, ou seja, a gente tenta depois compreender tudo isso, a gente que acredita em Deus sabe que foi melhor”.
Na noite desta sexta, a movimentação de fãs continua grande no local do velório. A vendedora Marlúcia Rodrigues, 52 anos, levou o filho Robson José, 12, ao velório. “Não era fã como minha mãe, mas conhecia músicas dele sim, claro", revelou o jovem. “Valeu muito a pena ter vindo. Não fiquei muito tempo na fila e pude vê-lo. Vou fazer de tudo para ir ao enterro amanhã [sábado]”, acrescentou Marlúcia.
Outra fã, a manicure Carla Margarida da Silva, 30, fugiu do trabalho e enfrentou fila para poder se despedir do artista. “Dei uma desculpa para minha chefe e vim. Já que vou trabalhar de novo no sábado, não poderei ir ao enterro, então tinha que vê-lo hoje [sexta]. Escuto Reginaldo Rossi desde que tinha 8 anos e pra mim brega, só ele", afirmou.
Ao entrar na Assembleia Legislativa, alguns fãs cantavam a música “Garçom”, hit do cantor. Outros deixaram flores em cima do caixão. O marceneiro Luiz Carlos de Souza fez questão de se vestir como o “Rei do Brega”. Nas horas vagas, ele faz cover do ídolo e adota o nome de “Rossi dos Coelhos”. "Somos conterrâneos, eu moro no bairro dos Coelhos, onde ele nasceu. Para nós, ele não está morto, está apenas dormindo. O Rei nunca morre, ele vive nos corações e nas canções", contou.
Silvério Pessoa destacou aspecto humano e cidadão do compositor (Foto: Katherine Coutinho/G1)Silvério Pessoa destacou aspecto humano e cidadão do
compositor (Foto: Katherine Coutinho/G1)
O cantor Alcimar Monteiro lembrou que Reginaldo Rossi o abrigou quando ele chegou ao Recife para trabalhar. "Além de ter um coração enorme, ele assumiu uma coisa que pouco artista tem, que é cantar o que o povo canta. É falar da alma do brasileiro. Se fôssemos comparar Reginaldo a um outro que conviveu com as letras, seria um Nelson Rodrigues, Jorge Amado, ele cantou nossa ascendência", ressaltou.
Tendo frequentado a casa de Rossi, o deputado estadual Daniel Coelho fez questão de ressaltar a capacidade de olhar o próximo que o cantor tinha. "Eu vou guardar sempre a casa dele sempre cheia. Ele era uma pessoa muito solidária, estava sempre ajudando todo mundo, isso é algo que sempre vou guardar dele", comentou.
O aspecto humano e cidadão do compositor foi destacado também pelo cantor Silvério Pessoa. “Ele cantava a cidade, Pernambuco. Muitos artistas saem do Recife e olham a cidade de longe, ele não. É muito difícil você escutar um cantor exaltar a cidade como ele fez. Fora o legado musical, que é indiscutível”, disse.
Falência múltiplaRossi morreu na manhã desta sexta-feira, no Recife, de falência múltipla de órgãos, decorrente das complicações de um câncer no pulmão direito. O velório será realizado a partir das 19h desta sexta-feira, no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco, na Rua da Aurora, bairro da Boa Vista, área central do Recife.
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morte de reginaldo rossi
O médico Jorge Pinho, um dos integrantes da equipe que tratou do artista, contou que o paciente vinha melhorando, mas, na quinta-feira (19), apresentou fadiga muscular e insuficiência respiratória, com queda no oxigênio. “Por isso nós tivemos que interceder para fazer nova intubação. Ele teve que respirar com a ajuda de aparelhos, tivemos que sedar o paciente, porque faz parte do protocolo”, esclareceu.
De acordo com Pinho, Reginaldo estava sedado, cercado de cuidados devido a essa piora no quadro clínico. “Mesmo com a hemodiálise sendo realizada, os rins dele não vinham respondendo. Ele estava anúrico, ou seja, sem urinar nada. Todos os órgãos têm que participar em harmonia para haver sucesso do tratamento”, afirmou.




segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

'É mais fácil ganhar com Eduardo do que com Aécio', afirma presidente do PPS

REYNALDO TUROLLO JR.
DO RECIFE
 
 
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Presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP) afirmou nesta segunda-feira (16) que o partido decidiu pela indicação de apoio a Eduardo Campos (PSB) na disputa presidencial de 2014 porque o governador de Pernambuco tem mais chances de vencer do que o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
"Queremos derrotar o governo. É mais fácil derrotar o governo com Eduardo do que com Aécio. Eduardo traz para a oposição uma dissidência do regime", afirmou Freire, ao chegar a um encontro entre PPS e PSB no Recife.
Freire afirmou que o apoio a Campos visa ajudar a torná-lo um candidato "competitivo", característica que, segundo ele, Aécio já possui. Disse também que tem mais afinidade com o discurso econômico de Campos do que com o de Aécio, presidente nacional do PSDB.
O PPS aprovou no último dia 7, durante seu congresso nacional, a indicação de apoio à provável postulação de Campos, que foi ministro do governo Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão foi um revés para Aécio, potencial presidenciável tucano, que também buscava o apoio da sigla.
Freire reconheceu que não há unanimidade no PPS em relação ao apoio a Campos, e que isso está sendo construído. No congresso nacional da legenda, houve 152 votos pelo alinhamento ao PSB e 98 a favor de candidatura própria, com a ex-vereadora por São Paulo Soninha Francine.
O presidente do PPS disse ainda que a aliança com o PSB está se construindo a partir da articulação nacional e que discussões sobre palanques locais ficarão para depois. Afirmou que a única imposição da cúpula do partido é a proibição de apoio à presidente Dilma Rousseff.
"O PPS em Pernambuco ou em qualquer outro Estado não vai ficar em palanque que apoie Dilma", afirmou.
Marcos Pinto - 9.dez.2013/Folhapress
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) cumprimenta o governador Eduardo Campos (PSB-PE) após jantar no Rio
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) cumprimenta o governador Eduardo Campos

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Eduardo Campos defende veto a doações de empresas em eleições

DO RECIFE
 
 
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O governador de Pernambuco e provável candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), afirmou nesta sexta-feira (13) que é a favor de proibir as doações de empresas para campanhas políticas, medida em votação no STF (Supremo Tribunal Federal). Disse ainda que a medida favorece partidos com menor "estrutura", como o seu.
"Tudo o que vier a diminuir a presença do dinheiro na campanha política ajuda as forças políticas como a nossa, que nunca tiveram estrutura para fazer exatamente a campanha", disse Campos.
Quatro ministros são contra doações de empresas
"Eu torço para que isso ganhe força e crie um grande debate para uma reforma [política] sistêmica. Mas, ao lado disso, tem que vir também um forte processo de repressão ao caixa dois e ao dinheiro sujo na campanha", acrescentou.
Quatro dos 11 ministros do STF já consideraram que as doações feitas por empresas, principais financiadoras dos candidatos, são inconstitucionais.
O julgamento foi interrompido na quinta-feira (12) por um pedido de vista feito pelo ministro Teori Zavascki, o que pode adiar a conclusão do processo para o ano que vem.
De acordo com ministros ouvidos pela Folha, a expectativa é que, na retomada do julgamento, a posição do relator Luiz Fux prevaleça. Desse modo, ficaria proibida a doação de empresas às campanhas e partidos nas eleições de 2014.