Lula manda recado para oposição e pede a adversários aguardarem 2010 "para ver"
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou um recado à oposição nesta sexta-feira e pediu para seus adversários aguardarem até 2010 para ver o que vai acontecer no país depois da descoberta do pré-sal e das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) estarem concluídas.
Em discurso em Mossoró (RN), o presidente ressaltou a boa relação com governadores e prefeitos que, independente de partido político, estão discutindo projetos para o PAC.
"Se os adversários estão preocupados porque as coisas estão dando certo, esperem para ver o que vai acontecer neste país até 2010, depois do pré-sal, depois do trem-bala, depois das obras do PAC estarem sendo concluídas, como serão a partir do ano que vem. A partir do ano que vem, o meu desejo é andar por este país inaugurando obras", afirmou.
O presidente disse que seu governo está dando certo porque ele não tem um "olhar mesquinho e partidário" e faz investimentos de acordo com as necessidades da população de receber investimentos. Lula disse que um presidente tem de ser, antes de tudo, um republicano.
"Eu não quero saber se a prefeita é do DEM, do PMDB, do PSB, do PTB, do PT. Eu não quero saber se o governador é corintiano, é flamenguista ou é vascaíno. Eu não quero saber se ele é evangélico se é católico. Eu quero saber que o povo daquela cidade ou Estado tem as necessidades de receber os investimentos. É por isso que esse país está dando certo. É porque eu não tenho um olhar mesquinho, partidário", afirmou.
Lula disse que aprendeu a ter esse pensamento porque teve a humildade de perder três eleições seguidas para presidente e não deixar "amontoar" no seu coração "uma única gota" de ódio ou raiva contra "quem quer que seja".
O presidente também voltou a dizer que quando terminar seu mandato, em 31 de dezembro de 2010, vai deixar registrado em cartório para seu sucessor tudo o que foi feito no seu governo "para que o novo presidente estabeleça um paradigma para este país".
"E aí, quando sentarem na mesa da Presidência, eles [os sucessores] vão ter uma grande preocupação. Estará registrado em cartório que um cidadão que não tem diploma universitário governou este país e fez tudo isso e 'eu, que tenho diploma, tenho que fazer muito mais do que ele'. É esse o paradigma", disse.
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