Governo se mostra preocupado com clima tenso no Paraguai
16h42 -
Ana Luiza Zenker*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Por meio de nota divulgada hoje (2) pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), o governo brasileiro se mostrou preocupado com as denúncias feitas ontem (1º) pelo presidente do Paraguai, Fernando Lugo, que afirmou que o ex-presidente Nicanor Duarte e o ex-general Lino Oviedo querem desestabilizar seu governo.
Na nota, o Itamaraty afirmou que o Brasil confia na manutenção plena da institucionalidade democrática do Paraguai, “e reafirma seu apoio ao presidente Lugo, legitimamente eleito pelo povo paraguaio”.
Ontem (1º) Lugo convocou a imprensa local para uma coletiva, para denunciar um “complô golpista”, depois de ser informado da realização de uma reunião no domingo na casa de Lino Oviedo. “Como presidente, não permitirei que as Forças Armadas sejam utilizadas por interesses sectários. Peço à cidadania que esteja alerta diante de possíveis golpes. Não permitiremos que se atente contra a liberdade do nosso povo”, afirmou o presidente.
Segundo informações da BBC Brasil, participaram da reunião Oviedo, Duarte, o presidente do Congresso Nacional, senador Enrique González Quintana, o vice-presidente do Tribunal de Justiça Eleitoral, Juan Manuel Morales, o procurador-geral do Estado, Rubén Amarilla, e o general Máximo Díaz, que atua como elo entre as Forças Armadas e o Parlamento.
Este último foi quem informou às Forças Armadas sobre o encontro. Oviedo teria convocado a reunião para saber como os militares viam o clima político com o impasse vivido em torno da posse de Nicanor Duarte como senador eleito, realizada pelo presidente do Congresso.
Políticos governistas questionaram a iniciativa, alegando falta de quórum para a posse. Lugo declarou que Duarte deveria "ir pra casa" e se "conformar" com o cargo de senador vitalício a que tem direito por ser ex-presidente.
No fim de semana, em entrevista a um jornal local, Lino Oviedo criticou Lugo por esta postura. Ontem, Lugo fez declarações que confirmaram o clima político tenso no país, menos de vinte dias após a sua posse como presidente.
*Com informações da BBC Brasil
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