sábado, 13 de setembro de 2008

Pela primeira vez, Lula ocupa residência oficial dos presidentes da República, em Petrópolis

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro - Depois de cinco e oito meses de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Marisa Letícia finalmente vão se hospedar na residência oficial de verão dos presidentes da República, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. Às 17h45, Lula e dona Marisa, chegaram ao Palácio Rio Negro, acompanhados do governador do RJ, Sérgio Cabral, e de sua mulher, Adriana Ancelmo, e do ministro da Educação, Fernando Haddad. Agora à noite, eles jantam no Palácio Rio Negro.

Lula e a comitiva foram recebidos pelo prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo. O presidente foi presenteado por Bomtempo com um par de abotoaduras e um prendedor de gravata com a coroa imperial. Dona Marisa ganhou uma pulseira de ouro com trevos que representam a catedral de Petrópolis. O casal também recebeu um aparelho de jantar completo, cujas louças têm retratados os pontos turísticos da cidade, como o Quitandinha, o Museu Imperial, o Palácio de Cristal, o Palácio Rio Negro e a Catedral.

O presidente e a primeira dama vão dormir esta noite e a de amanhã na mesma cama onde já se acomodaram pelo menos 15 dos presidentes do Brasil desde 1903, quando o palácio, construído em 1889, foi incorporado ao governo federal. Getúlio Vargas e Juscelino Kubistchek foram os que mais se hospedaram no Rio Negro.

A tradição foi interrompida em 1969, com o presidente Costa e Silva, e retomada em 1997, com o então presidente Fernando Henrique Cardoso.

O prefeito Rubens Bomtempo acredita que nestes quase 30 anos os presidentes em exercício deixaram de se hospedar no Rio Negro porque tinham propriedades particulares de veraneio, como os generais Ernesto Geisel, em Teresópolis, e João Figueiredo, em Petrópolis, ou porque o momento econômico do país não era propício a visitar o palácio, o que ocorreu com José Sarney e Fernando Collor de Mello.

Na década de 80, o palácio foi cedido para o governo do estado e depois para a prefeitura de Petrópolis, quando ficou aberto à visitação pública e para a realização de saraus para convidados. Em 1997 o Rio Negro voltou para a administração federal e, sob a responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), passou por obras de reforma, orçadas em R$ 720 mil.

“Durante quase 10 anos, o palácio ficou sob a administração da prefeitura e nós devolvemos ao Iphan, que fez a reforma, com uma contribuição de R$ 220 mil da prefeitura. Neste momento, o palácio não está aberto à visitação, mas o projeto do Iphan é que ele seja aberto e se transforme na casa dos presidentes”, lembrou Bomtempo.

Neste sábado (13), o presidente vai a Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, inaugurar um hospital. De volta a Petrópolis, Lula inaugura uma escola técnica e, ao lado dos ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e do Turismo, Luiz Barreto, lança um programa de incentivo ao turismo em parques nacionais.

À noite, o presidente assiste a um espetáculo de som e luzes. No domingo pela manhã, Lula e dona Marisa deixam o Palácio Rio Negro e seguem, de helicóptero, para a Ilha de Marambaia, no litoral sul do estado, onde passam o dia.

Para garantir a segurança nas ruas de Petrópolis durante a visita do presidente, a Polícia Militar mobilizou 72 homens. Já a Guarda Municipal descolou 30 agentes para orientar o trânsito na cidade.

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