domingo, 28 de fevereiro de 2010

Lula mantém aprovação recorde, diz pesquisa Datafolha

Pesquisa Datafolha publicada deste domingo mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém alto índice de popularidade, com aprovação de 73% da população percentual dos que responderam que o governo era ótimo ou bom.

Na pesquisa anterior, realizada em dezembro, 72% dos eleitores entrevistados consideraram o governo ótimo ou bom.

De acordo com reportagem da Folha, esse é o melhor desempenho de um presidente desde o início da série histórica feita pelo Datafolha, iniciada em 1990.

A pesquisa mostra que 0% consideram o governo do presidente regular e 5% péssimo ou ruim.

A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 25 de fevereiro. Foram ouvidas 2.623 pessoas com maiores de 16 anos. A margem de erro é dois pontos, para cima ou para baixo.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

"País não pode voltar para trás como caranguejo", diz Lula

Durante discurso em Minas Gerais, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a afirmar que fará seu sucessor para dar continuidade aos programas atuais (imagens: NBR, a TV do Poder Executivo). Leia mais


Após pedido de Lula, ministro Paulo Bernardo desiste de candidatura para ficar no governo

Do UOL Notícias
Em São Paulo

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, anunciou nesta terça-feira (9) que ficará na pasta até o final do mandato do presidente Lula e não disputará uma vaga a Câmara dos Deputados. Ele pretendia se candidatar a deputado federal pelo PT do Paraná.

À rádio PT na Câmara, ele disse que conversou ontem com o presidente e aceitou permanecer no governo para manter a política econômica e fiscal.

“O presidente Lula me explicou que tem muita preocupação com a área econômica do governo, que ele não tem intenção de mudar a política econômica, pretende manter um duro combate a inflação, pretende manter o rigor na área fiscal, na execução orçamentária e ao mesmo tempo continuar executando aqueles programas que são as nossas prioridades”, disse. “E por isso ele estava preocupado, não gostaria de mudar o Ministério do Planejamento. Em função disso, eu disse a ele que pra mim não tinha problema nenhum.”

Paulo Bernardo, que já foi eleito deputado federal pelo Paraná em 1991, 1995 e 2002, também era cotado para substituir a ministra Dilma Rousseff na Casa Civil, quando ela deixar o governo para disputar a Presidência da República pelo PT.


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Texto de Lula ao Congresso vira ensaio do plebiscito


Lula Marques/Folha



Como ocorre em todo início de legislatura, Lula enviou ao Congresso uma mensagem do Executivo.



Normalmente, esse tipo de texto serve para que o governo informe a deputados e senadores o que planeja fazer no ano que se inicia.



Neste ano eleitoral de 2010, Lula inovou. Em vez da programação anual, empilhou no texto as “realizações” de seus dois mandatos.



Na prática, promoveu um ensaio do “plebiscito” que idealizou como mote da sucessão presidencial –a gestão Lula versus a de era FHC.



Num dos trechos, a mensagem aborda, por exemplo, a crise financeira global que começou em 2008 e envenou as estatísticas econômicas de 2009.



A comparação foi explícita: "Ao invés das medidas adotadas em crises anteriores [sob FHC], como a redução do crédito, do consumo, do investimento público e do aumento de impostos, da taxa de juros e dos preços administrados...”



“...O governo [Lula] aumentou a oferta de créditos pelos bancos públicos, manteve os investimentos dos programas sociais e do PAC, desonerou setores da economia e renegociou dívidas do setor privado".



A mensagem de Lula privilegiou o balanço de seu governo em detrimento da apresentação das perspectivas para o ano em curso.



Uma forma de "mostrar os resultados obtidos no cumprimento da meta constante da mensagem encaminhada [...] em 2003”, anota o texto já na abertura.



Que meta? “Avançar rumo a uma sociedade mais justa, equilibrada e democrática". Passa-se então, a enumerar os feitos que o PT levará aos palanques de 2010.



Por exemplo: empregos (11,8 milhões de vagas desde 2003); Prouni (596 mil bolsas universitárias); e Minha Casa Minha, Vida (248 mil habitações contratadas).



Coube à ministra Dilma Rousseff, titular da Casa Civil, cruzar a Praça dos Três Poderes para levar ao Congresso a mensagem de Lula.



Dilma cumpre a tarefa desde que substituiu no cargo, em 2005, o antecessor José Dirceu, cuja cabeça foi à bandeja nas pegadas do mensalão.



A Dilma desta terça-feira (2) era bem diferente da ministra dos anos anteriores. Além do texto de Lula, portava uma candidatura presidencial.



De resto, Dilma trazia atrás de si o rastro da pesquisa da véspera, que a acomodara na cola do rival tucano José Serra.



Para completar a atmosfera eleitoral da cerimônia, Dilma sentou-se ao lado de Michel Temer (PMDB-SP).



Presidente da Câmara, Temer é visto pela caciquia do PMDB como o “noivo” ideal para Dilma, o nome que o partido deseja impingir-lhe como vice.



Numa evidência de que o vice não é senão a ociosidade com gabinete e carro oficial, os congressitas deram mais atenção a Dilma do que a Temer.



A certa altura, Temer rendeu homenagens ao vice de Lula, José Alencar, que acompanhou Dilma e foi convidado a compor a mesa.



O presidente da Câmara fez menção às homenagens que Alencar vem recebendo por conta da forma como tem lidado com o câncer.



"Essa solidariedade”, disse Temer, “está se transformando em admiração cívica". Aplaudido de pé pelos presentes, Alencar pediu a palavra.



Arrancou mais aplausos. E produziu certo constrangimento. As palmas soaram no instante em que Alencar injetou Deus em sua manifestação:



"Se Deus quiser me levar, ele não precisa de um câncer. Se ele não quiser que eu vá, não há câncer que me leve. E tudo indica que ele não quer me levar agora".



O constrangimento pairou sobre o planário no momento em que o segundo de Lula, depois de recobrir o presidente de elogios, agradeceu por tê-lo escolhido.



“Vice não tem voto”, Alencar realçou. “O dono do voto é o titular do cargo, o presidente”.



Sem querer, Alencar buliu numa pedra que Lula enfiara no sapato de Temer. O presidente insinuara, no ano passado, que a autonomia do PMDB seria relativa.



Dissera que o partido deveria encaminhar a Dilma uma “lista tríplice” de vices. A opinião da candidata, Lula realçara, teria peso na escolha.



Depois disso, ecoando Lula, lideranças petistas passaram a insinuar que Temer não seria o vice mais apropriado. Faltariam ao deputado “votos”.



O próprio Lula, em privado, manifesta preferência pelo presidente do BC, Henrique Meirelles, um cristão novo no PMDB.



A pedido de Lula e por conveniência do PMDB, o debate sobre a escolha do vice arrefeceu. A encrenca foi empurrada para fins de abril, início de maio.



Lula mandou dirigentes do PT informarem a Temer que, se o PMDB optar pelo nome dele, será o vice. Mas não deixou de manifestar, nos subterrâneos, sua predileção por Meirelles.



Ao recordar que “o dono do voto é o titular do cargo”, Alencar reanimou o fantasma. Nas últimas 48 horas, animado com a subida de Dilma nas pesquisas, o petismo passou a ruminar a expectativa de que, na hora apropriada, o PMDB levará à mesa de negociações um outro tom.



Imagina-se que a perspectiva de poder que exala das sondagens eleitorais vai aplainar a crista do sócio majoritário do consórcio governista. Será?



- Serviço: A mensagem de Lula ao Congresso foi servida em nove fatias. Estão disponíveis aqui: apresentação, capítulo um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete e anexos.



– PS.: Siga o blog no twitter.

Escrito por Josias de Souza às 03h59

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Lula retoma trabalho após crise de hipertensão; agenda inclui duas viagens


da Folha Online
da Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retoma nesta segunda-feira sua agenda oficial após a crise de hipertensão da semana passada. Apesar de preocupado com a saúde e determinado a mudar hábitos alimentares, o presidente terá uma agenda intensa nesta semana.

Crise de hipertensão foi um fato isolado, diz cardiologista
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O primeiro compromisso desta segunda será a cerimônia de abertura do ano judiciário no STF (Supremo Tribunal Federal). Na sequência, o presidente participa de reunião de avaliação do programa Territórios da Cidadania, da apresentação de credenciais dos novos embaixadores de Cuba, Coreia do Sul, Panamá e Paquistão no Brasil. Lula deve encerrar o dia na cerimônia de abertura de cem escolas técnicas federais.

Pela agenda prevista para Lula, na terça-feira à tarde ele recebe o presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, Cleyton Pinteiro, além de pilotos e dirigentes da Fórmula Indy de 2010. Depois se reúne com representantes da sociedade civil para discutir o plano de banda larga.

Na quarta-feira, o presidente fará sua primeira viagem após a crise de hipertensão. Ele vai para o Rio de Janeiro para visitar o túnel de passagem do gasoduto Gasduc 3, na Serra dos Gaviões. Depois participa da cerimônia de inauguração do gasoduto Cabiúnas-Macaé e da estação de compressão Campos Elísios-Duque de Caxias. Ele deve retornar na hora do almoço para Brasília.

O presidente volta a viajar na sexta, para a região metropolitana de Porto Alegre (RS), onde participa de três solenidades.

Lula gravou na noite de domingo seu programa semanal de rádio, "Café com o Presidente", que vai ao ar hoje. Foi a primeira atividade oficial após a crise de hipertensão.

Repouso

Desde quinta-feira, Lula estava sem agenda oficial e se recuperava em seu apartamento, em São Bernardo (SP), e no Palácio da Alvorada, em Brasília, onde chegou ontem à tarde.

No sábado, o presidente e a primeira-dama Marisa Letícia fizeram uma série de exames no InCor (Instituto do Coração) cujos resultados deram normais. Segundo o cardiologista Roberto Kalil, os resultados preliminares da avaliação clínica e dos exames "apontaram que o estado geral de saúde do presidente e da primeira-dama Marisa Letícia é bom".

Lula fez exames de sangue e urina, ecocardiograma, ultrassom de abdome total e tomografias de crânio, carótida, tórax, coronária, abdome e vascular. Além destes exames, o presidente foi submetido a uma avaliação urológica e a primeira-dama, a uma avaliação ortopédica.

Após os exames o presidente disse em entrevista coletiva que "graças a Deus" está com a saúde perfeita. Perguntado sobre o acúmulo de compromissos da Presidência e da pré-campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), o que pode ter provocada a crise de hipertensão, Lula disse "que quem engorda o porco é o olho do dono e, se o dono não estiver olhando as coisas acontecerem, elas não acontecem".

"Acho que a agenda não é um problema de campanha. É um problema de compromissos que a gente vai assumindo e querendo cumprir. E a gente percebe que o dia só tem 24 horas e a agenda muitas vezes tem uma utilização maior que 24 horas", afirmou.

Com os resultados dos exames normais, o cardiologista liberou o presidente para retornar à sua rotina de trabalho. Segundo ele, a principal recomendação é que Lula volte a praticar atividades físicas regularmente, como sempre fez, e reduza o consumo de sal.

"Nessa maratona que ele veio, provavelmente ele não conseguiu fazer o exercício de caminhada que ele faz uma hora, uma hora e meia todo dia. Uma hora é suficiente, é bem recomendado", disse Kalil, que também recomendou ao presidente dormir um pouco mais.