sexta-feira, 27 de junho de 2008

Presidente Lula chega à Venezuela para tratar de comércio e energia

da Ansa

O presidente Lula chegou hoje em Caracas, na Venezuela, às 13h (horário de Brasília), para participar de uma reunião com o presidente venezuelano Hugo Chávez, com quem irá tratar de projetos bilaterais energéticos e comerciais.

Lula, que aterrissou no país com atraso segundo o cronograma previsto, foi direto do aeroporto para o Palácio Miraflores --residência oficial do presidente venezuelano--, onde terá um encontro reservado com Chávez, antes de assinar acordos de integração energética, através de projetos de exploração e refinamento de petróleo.

Além disso, os dois devem tentar reforçar acordos no plano político, como o apoio à Unasul (União das Nações Sul-Americanas) e a um Conselho de Defesa Regional.

A entrada da Venezuela no Mercosul e a situação do conflito armado na Colômbia e das Forças Armadas Revolucionárias (Farc) também devem ser discutidas.

Após a reunião, haverá uma coletiva de imprensa com os dois presidentes.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Lula recebe campeões de 1958 e relembra "porre"

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Em clima de descontração, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva homenageou nesta quinta-feira a seleção brasileira de 1958, que conquistou a primeira Copa do Mundo para o Brasil. Na cerimônia de homenagem aos jogadores, no Palácio do Planalto, o presidente discursou por quase meia-hora para falar de uma das suas grandes paixões: futebol.

Muito à vontade entre os jogadores, Lula chegou a imitar os locutores de rádio que, na década de 50, faziam as narrações dos jogos da seleção. O presidente também revelou segredos de seu período de torcedor, ao contar um episódio em que tomou seu "último grande porre" na derrota do Brasil para a Holanda, na Copa de 1974 --quando os adversários brasileiros ganharam o apelido de "laranja mecânica".

"Foi a última vez que eu bebi exageradamente. O Brasil ia jogar com a Holanda, foi a primeira vez que vi TV em cores na minha vida, na sede do sindicato [dos Metalúrgicos, em São Paulo]. Ninguém no sindicato trabalhava para ver o jogo. Conhaque bom era Domecq, Palhinha. Estávamos lá, todos os funcionários do sindicato, entra aquela desgramada laranja mecânica, acabou com a gente. Tínhamos comprado a bebida para beber de alegria. Depois do jogo, todo mundo se achou técnico da seleção e achamos motivo para beber", revelou.

Corintiano de coração, Lula também reforçou sua paixão pelo time paulista. Bem-humorado ao comentar a queda do Corinthians para segunda divisão do Campeonato Brasileiro, Lula disse que o time "tinha que cair" para voltar para cima.

"Outro dia, em um ato em São Paulo, o Serra [governador de São Paulo] brincou comigo dizendo que o Corinthians estava na Série B. Eu disse que fomos para lá conquistar um título que o Palmeiras [time de Serra] tem e nós não temos", afirmou.

Lula também criticou a "exportação" de jogadores brasileiros para equipes da Europa. O presidente cobrou da Fifa regras mais rígidas para evitar que os "craques" brasileiros deixem o país.

"Obviamente, eu sou daqueles que defende, com amor de um jovem pobre da periferia, que ele [jogador] ganhe dinheiro e melhore de vida. Mas é preciso que haja uma combinação. Na seleção brasileira, não tem nenhum jogador que joga no Brasil", disse o presidente, sem se lembrar de atletas como Hernanes (São Paulo) e Kléber (Santos).

Lula também criticou a "falta de amor" dos atuais jogadores brasileiros pela "camisa verde-amarela", numa referência direta aos jogadores que rejeitam as convocações para a seleção.

"Quando a gente está com a camisa, estamos representando milhões de brasileiros. Temos que comer o dedo da gente para ganhar o jogo. Lamentavelmente, não estamos mais nesse momento", afirmou.

Paixão

Ao longo da cerimônia com os jogadores, Lula não escondeu sua paixão pelo futebol. O presidente apresentou uma série de números que enaltecem as conquistas da seleção brasileira, além de relatar em detalhes fatos da Copa de 1958.

"Eu sou apaixonado por futebol e pelo esporte. Um país que investe em esportes tem chance de ser uma nação muito mais respeitada e produtiva. Se tivéssemos feito isso há 30 anos, estaríamos muito melhores. O futebol está impregnado na alma dos brasileiros quase na mesma proporção que o ar que a gente respira", afirmou.

Lula fez questão de citar nominalmente os 11 jogadores da Copa de 1958 que foram ao Palácio do Planalto receber a homenagem, dos 22 que ganharam o título. Ao dirigir-se a Pelé, Lula disse que o "rei" foi seu algoz durante a juventude, quando marcava gols pelo Santos contra o Corinthians.

"É relação de amor e ódio. Foram 15 anos de sofrimento no período da minha adolescência. Você não sabe o que poderia ter causado com sua turma a um jovem esperançoso de tanto derrotar o Corinthians", afirmou.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Lula desmarca compromissos para ir ao velório de Ruth Cardoso

Agência Brasil

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desmarcou compromissos agendados para esta quarta-feira (25) à tarde para ir ao velório da ex-primeira-dama Ruth Cardoso, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto. O presidente deve embarcar às 15h, acompanhado da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Entre os compromissos desmarcados está a reunião do conselho político, que seria às 14h30, para discutir a criação do Fundo Soberano do Brasil. A reunião foi adiada para a próxima terça-feira (1º).

Lula também cancelou encontro com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e com representantes das empresas distribuidoras de gás natural veicular. A agenda para o período da manhã foi mantida.

A ex-primeira-dama Ruth Cardoso morreu ontem à noite (24), aos 77 anos, no apartamento da família em São Paulo, em decorrência de problemas cardíacos.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Governo cria incentivos para quitar dívidas com a União

Da AE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer antecipar ao máximo o pagamento de dívidas de pessoas físicas e jurídicas com a União. Em reunião ontem da Câmara de Política Econômica no Palácio do Planalto, ele aceitou a proposta elaborada pelo Ministério da Fazenda de dar incentivos a quem quiser regularizar sua situação com o governo federal, com descontos e parcelamentos.

A proposta apresentada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, inclui 18 medidas de incentivos. A dívida ativa que a União tem direito a receber, isto é, dividas que estão em processo judicial, somaria R$ 1,3 trilhão. A soma inclui débitos com a Previdência Social e com a Receita, por exemplo.

Nas contas preliminares da Fazenda, o montante devido à Previdência somaria de R$ 680 bilhões a R$ 700 bilhões. O Planalto chegou a estimar o valor em R$ 1 trilhão. Mantega, que trabalhou durante um ano na elaboração da proposta, deverá divulgar nos próximos dias as 18 medidas.

A pedido de Lula, Mantega irá apresentar a proposta para os presidentes do Senado e da Câmara e líderes da base aliada.

Lula avalia que a proposta precisa ser explicada e também negociada à exaustão a líderes e presidentes das duas casas do Legislativo para evitar questionamentos de mérito. Ele quer sentir o ‘clima' de recepção da proposta no Congresso.

O presidente espera que as medidas sejam aceitas do ponto de vista político. Assessores palacianos observam que o parcelamento de boa parte das dívidas poderá ser estendido pelos próximos anos, um dinheiro que também entraria no caixa do próximo governo.

Diário do Grande ABC

terça-feira, 10 de junho de 2008

Lula sanciona mudanças para agilizar o processo penal

oana_RJ Felipe_Toledo



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira (9/6) os projetos de lei que modificam o Código de Processo Penal, aprovados pela Câmara em 14/5.

As novas regras entram em vigor 60 dias após publicada no Diário Oficial da União —provavelmente nesta terça-feira (10/6).

Segundo o ministro da Justiça, Tarso Genro, a sanção imprime maior celeridade aos processos de natureza penal e dá maior segurança aos atos processuais.

“Hoje é um dia muito importante para a Justiça e para o país. Estamos vivendo um momento histórico da sociedade brasileira”, afirmou.

Entre as mudanças, está a aprovada pelo Projeto de Lei 4203/01, que não permite mais o protesto do réu por um novo júri, caso a pena decretada seja igual ou superior a 20 anos.

A defesa continuará podendo recorrer da decisão, mas não pode haver outro julgamento —um recurso que já possibilitou mudanças no tempo de condenação e até mesmo a absolvição do acusado.

Os sete jurados para o julgamento passam a ser selecionados a partir de uma lista de 25 pessoas – não mais 21. A idade mínima cai de 21 para 18 anos. A multa para quem for chamado e não participar do processo, sem justificar devidamente, vai variar entre um e 10 salários mínimos.

O Projeto de Lei 4205/01 também foi sancionado. Com as alterações, as provas obtidas ilicitamente não serão válidas e, assim, não poderão ser juntadas pelo juiz ao processo. O objetivo é não contaminar os autos nem dar margem para que o processo seja questionado em uma fase adiantada e volte à estaca zero, consumindo tempo e tornando o processo oneroso.

A prova derivada, aquela formada a partir de uma prova ilícita também não poderá ser considerada. E mais: o juiz que tomar conhecimento de uma prova ilícita fica impedido de julgar o processo. Novo magistrado terá que ser designado para o caso.

As perguntas durante o julgamento poderão ser feitas diretamente às testemunhas. Não haverá mais a necessidade da intermediação do juiz. O que não impedirá que o magistrado indefira determinados questionamentos.

Lula também sancionou o Projeto de Lei 4207/01, que estabelece a determinação de que a instrução e o julgamento do processo sejam feitos em uma só audiência. Assim, os depoimentos do réu, da vítima e das testemunhas de acusação e de defesa, que seriam realizados um a cada vez, serão tomados no mesmo dia, reduzindo consideravelmente o tempo do processo.

Outra medida é a que fixa que o mesmo juiz que ouviu as testemunhas e recebeu as provas deve proferir a sentença. A Justiça será liberada no caso da absolvição sumária. Com a proposta, caso o juiz perceba que o caso é de legítima defesa ou que o réu foi coagido de forma insuportável a cometer o ato, poderá absolvê-lo sumariamente. Hoje, caso o Ministério Público apresente a acusação, o processo tem de correr todas as suas etapas para concluir pela absolvição.

Os demais projetos aprovados pela Câmara em 14/5 aguardam votação do Senado, já que foram alterados pelos deputados. Entre eles estão o que estabelece o monitoramento eletrônico de presos; a correção da expressão atentado violento ao pudor e estupro no Código Penal, prevista no PL 4850/05 —atualmente, só é considerado crime o estupro de mulheres com sexo vaginal; o PL 938/07, que determina que o juiz, ao fixar a pena-base, deve observar se o réu já cumpriu medida sócio-educativa de internação quando era menor de 18 anos, e levar em conta como agravante; o PL 7024/06, que proíbe celulares em presídios, e o PL 4025/01, que tipifica o seqüestro relâmpago.

LEIA MAIS:
Plenário da Câmara aprova mudanças para agilizar o processo penal
Secretário diz que mudanças na legislação penal devem ser aperfeiçoadas
Entenda as mudanças na legislação penal aprovadas pela Câmara
Câmara aprova mudanças no Tribunal do Júri e monitoramento eletrônico

Segunda-feira, 9 de junho de 2008

Fonte: Última Instância