Alan Marques/Folha
Lula chega à quadra final de sua administração com cara de recordista. Segundo o Datafolha, o presidente é aprovado por 76% dos brasileiros.
Desde 1990, ano em que o instituto começou a produzir esse tipo de estatística, nenhum outro presidente alcançara semelhante marca.
Os índices de aprovação de Lula (ótimo ou bom) crescem pesquisa a pesquisa.
De agosto de 2006 para cá, escalou nove pontos –de 67% para os atuais 76%.
Considerando-se um intervalo maior –três anos— a escalada foi de notáveis 26 pontos percentuais.
Hoje, apenas 20% da população atribui a Lula a menção regular. É ínfimo o número de entrevistados que o consideram ruim ou péssimo: 4%.
Abaixo, algumas das informações mais relevantes trazidas à luz pelo Datafolha:
1. Entre as mulheres, a aprovação ao governo Lula subiu de 71% para 75% entre fevereiro e março.
2. No segmento formado pelos brasileiros com mais de 60 anos, a aprovação de Lula cresceu seis pontos. Foi de 67% para 73%.
3. Considerando-se as faixas de renda, um dos saltos mais notáveis na avaliação positiva de Lula foi anotado entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos (R$ 5.100). Pulo de 12 pontos –de 56% para 68%.
4. Em 2003, no alvorecer do primeiro mandato, esse mesmo segmento concedia a Lula aprovação bem inferior: 36%. Desde então, os índices de ótimo ou bom foram engordados em 32 pontos percentuais.
5. O avanço foi ainda maior –34 pontos— entre os integrantes de famílias com renda menor do que cinco salários mínimos (R$ 2.550,00). Nesse universo, a aprovação de Lula é, hoje, de 77%.
6. Entre os patrícios mais ecolarizados, com curso universitário, a aprovação do presidente foi de 65% para 70%.
7. Nas regiões Sul e Sudeste, a popularidade de Lula bate em 69%. O recorde dos recordes é obtido no Nordeste: 87%.
8. A despeito da superpopularidade de Lula, o Datafolha captou, na mesma pesquisa, dados eleitorais que sorriem mais para José Serra, presidenciável da oposição, do que para Dilma Rousseff, candidata do governo.
9. Um mês atrás, Dilma (28%) roçava os calcanhares de Serra (32%). Escassos quatro pontos separavam a candidata de Lula do líder oposicionista.
10. Hoje, a diferença ampliou-se para nove pontos. Serra foi a 36%. Dilma escorregou para 27%.
11. Uma evidência de que a transfusão de prestígio de Lula para a candidata dele é mais lenta do que gostaria o petismo.
Escrito por Josias de Souza às 05h33