Lula conduz a campanha de Dilma Rousseff como se andasse de bicicleta. Foi à calçada um ano e meio antes do tempo. Se parar agora, cai.
Por isso, Lula observa os críticos que se aglomeram ao redor com olhos de desprezo. O presidente do STF chiou? Ah, o Gilmar Mendes!
As legendas de oposição foram ao TSE? Querem respeito à lei?. Ah, os tucanos e os demos! Leis, ora as leis!
Nesta quarta (21), o presidente foi pedalar em Minas, Estado do grão-tucano Aécio ‘Pós-Lula’ Neves. Levou na garupa, como sói, Dilma Rousseff.
Lançou um programa de internet gratuita num comício em Belo Horizonte. Discursou. Assista a um pedaço lá no alto.
A alturas tantas, disse: “Qualquer outro presidente, se não fizesse nada, ninguém cobrava, por que são tudo da mesma laia...”
“...Quando chega um metalúrgico [...], se ele não dá certo, coloca uma cangáia no pescoço dele e a classe trabalhadora nunca mais iria eleger um presidente”.
Expressando-se em lulês, uma língua que lhe tem rendido fabulosos índices de popularidade, Lula acrescentou:
“[...] Agora desgraçou tudo. Porque agora os hômi tão ficando nervoso porque nós tamo inaugurando obra”.
Mais adiante, destilou ironia: “Eu só peço calma. Calma, que nos ainda nem começamos a inaugurar o que nos temos para inaugurar nesse país...”
“...Tem muita coisa pra acontecer e tem muita coisa que nós vamos fazer ainda pra frente...”
“...Aguardem porque nós aprendemos a fazer as coisas nesse país e esse país nunca mais voltará a ser o país pensado da forma pequena que eles pensavam esse país”.
Lula sobre 2010: será a disputa do ‘nós contra eles’
UOL No segundo dia da Caravana do São Francisco, Lula continuou injetando política num evento pseudoadministrativo.
Defendeu uma candidatura oficial única, de porteira fechada. Todos com Dilma Rousseff, sem defecções.
"Gostaríamos que tivesse só um candidato [governista]”, disse Lula. Por quê? Para poduzir “uma eleição plebiscitária”.
De um lado, Dilma, a continuadora de sua obra. Do outro, um rival tucano, que Lula enxerga como volta ao passado.
“Nós contra eles”, afirmou Lula. “Pão, pão pão, queijo queijo. Se isso não for possível, paciência".
Noves fora Marina Silva, que vai às urnas como presidenciável do governista PV, também Ciro Gomes, o candidato multiuso do PSB, desafia os planos de Lula.
Quanto a Ciro, o presidente não se deu por vencido. Soou como se ainda ruminasse a idpeia de empurrar o aliado para a refrega de São Paulo.
"Vocês não perceberam que o Ciro e Dilma estão sempre juntos? [...] Tem seis meses para maturar. Muita coisa vai acontecer. Aí vamos anunciar o candidato".
Antecipando-se ao plebiscito, Lula ‘Nós’ da Silva fustigou José ‘Eles’ Serra. Na véspera, o presidenciável tucano fizera reparos às obras do São Francisco.
Lula fez graça: "Eu não sabia que o Serra tinha preocupação com o Nordeste, mas se tem perto das eleições, é bom sinal..."
"[...] O Serra que fique esperto para ver o que vamos inaugurar de irrigação no Nordeste nesses próximos meses, projetos parados por anos e não por nossa culpa".
Em São Paulo, Serra foi à tréplica: "Não fiz nenhuma crítica. Disse que pararam as obras de irrigação...”
“...Se ajudar a ter um metro a mais de irrigação, vou ficar feliz. Se o que disse aumentar a irrigação, vou ficar contentíssimo".
De resto, Lula reincidiu numa prática que já se tornou rotineira. Pôs-se a desancar o TCU. Atribui ao tribunal de contas os atrasos no cronograma das obras.
"Muitas vezes, o TCU diz que tem indícios de sobrepreço, e aí para, aí você tem que fazer todo um processo [...]”.
Fazer obras no Brasil de hoje tornou-se, no dizer de Lula, “muito difícil”. O mais difícil ele não mencionou: o convívio do contribuinte com as malfeitorias.
Preferiu realçar que verbas não faltam. “Não existe nenhuma obra parada no Brasil por falta de dinheiro...”
“...Se tem alguma obra parada, é alguma coisa ou da Justiça ou de briga entre empresários ou do Tribunal de Contas. Porque falta de dinheiro não existe".
Wilson Dias/ABr O ministro Tarso Genro (Justiça) pretende deixar o governo três meses antes do prazo legal.
Candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, Tarso teria de deixar o ministério até 2 de abril de 2010. Sairá no final de dezembro.
“Já falei com o presidente Lula. E não obtive nenhum sinal de negação. Será bom para o governo e para mim”, disse o ministro ao blog.
Tarso deseja tirar alguns dias de férias. Depois, vai priorizar a campanha. Pretende correr o Estado.
Desde logo, tenta pôr de pé a coligação que dará suporte a sua candidatura. “Nós queremos fazer uma aliança com PDT, PSB e PDT”.
O vice de Tarso deve vir do PDT. O nome? “Cabe ao partido decidir”, disse o ministro. O mais cotado, apurou o repórter, é o depitado federal Vieira da Cunha.
Se possível, Tarso agregará à sua caravana outras legendas que, em Brasília, gravitam na órbita de Lula.
“Estamos abertos a uma composição com PTB, se o partido sair do governo Yeda [Crusius, do PSDB], além de legendas como o PR e o PP”.
No Rio Grande, o PT não se bica com o PMDB. São adversários históricos. A anunciada aliança nacional em torno de Dilma Rousseff não deve se reproduzir no Estado.
O PMDB ainda não definiu o nome do seu candidato. Está dividido entre o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, e o ex-governador Germano Rigotto.
Com Fogaça ou Rigotto, o PMDB achega-se à candidatura presidencial do governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
Dá-se de barato que, no Estado, a governadora tucana Yeda Crusius, enredada em escândalos, não terá condições de empinar uma recanditatura.
Pelo sim, pelo não, Tarso deixa entreaberta a porta para que o PMDB, se quiser, ofereça um segundo palanque para Dilma no Estado.
“Da nossa parte, não há nenhum problema. Não temos restrição a que outros partidos apóiem a candidata do presidente Lula. Pelo contrário...”
“...Trabalharemos para que o nosso palanque seja o mais forte. Mas não temos restrição a dois ou três palanques...”
“...Sabemos da complexidade da situação nacional. E temos consciência de que as alianças locais nem sempre refletem o interesse nacional”.
A julgar pela última pesquisa feita no Rio Grande do Sul pelo Ibope, a disputa gaúcha será definida em dois turnos.
Tarso larga na frente. Amealha entre 37% e 40% das intenções de voto, dependendo do cenário.
Na segunda colocação vem o PMDB. Fogaça e Rigotto oscilam entre 26% e 28%. No segundo round, Tarso prevaleceria com 48%.
O rival peemedebista, seja Rigotto ou Fogaça, cravaria, segundo o Ibope, 34% dos votos no segundo turno.
Lula visita obras de integração do São Francisco no interior de Pernambuco
Da Agência Brasil Em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua a vistoriar hoje (15) obras de integração do Rio São Francisco. Agora de manhã, no município de Arcoverde (PE), ele dá entrevista a rádios locais e assiste a uma apresentação do ministro da Integração, Geddel Vieira Lima, sobre o andamento das obras dos dois canais (eixos leste e norte) que estão sendo construídos para integrar as águas do rio às bacias hidrográficas do Nordeste setentrional.
Ainda de manhã, Lula se encontra com trabalhadores e moradores da região. Depois (11h30), sobrevoa as obras do eixo leste, que levará água aos Estados de Pernambuco e da Paraíba. Em seguida (12h30), visita a Barragem de Itaparica, próxima à cidade de Floresta (PE), onde vai conhecer o mirante e a estação de bombeamento.
No fim da tarde, a comitiva presidencial deixa Floresta com destino a Cabrobó, também no sertão pernambucano, onde dormirá. Amanhã (16) de manhã, Lula inspeciona as obras de concretagem do canal do eixo norte, que terá 426 quilômetros de extensão e levará água ao Ceará, à Paraíba e ao Rio Grande do Norte.
Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF)
- Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia.
Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.