Lula sobre 2010: será a disputa do ‘nós contra eles’
UOL
No segundo dia da Caravana do São Francisco, Lula continuou injetando política num evento pseudoadministrativo.
Defendeu uma candidatura oficial única, de porteira fechada. Todos com Dilma Rousseff, sem defecções.
"Gostaríamos que tivesse só um candidato [governista]”, disse Lula. Por quê? Para poduzir “uma eleição plebiscitária”.
De um lado, Dilma, a continuadora de sua obra. Do outro, um rival tucano, que Lula enxerga como volta ao passado.
“Nós contra eles”, afirmou Lula. “Pão, pão pão, queijo queijo. Se isso não for possível, paciência".
Noves fora Marina Silva, que vai às urnas como presidenciável do governista PV, também Ciro Gomes, o candidato multiuso do PSB, desafia os planos de Lula.
Quanto a Ciro, o presidente não se deu por vencido. Soou como se ainda ruminasse a idpeia de empurrar o aliado para a refrega de São Paulo.
"Vocês não perceberam que o Ciro e Dilma estão sempre juntos? [...] Tem seis meses para maturar. Muita coisa vai acontecer. Aí vamos anunciar o candidato".
Antecipando-se ao plebiscito, Lula ‘Nós’ da Silva fustigou José ‘Eles’ Serra. Na véspera, o presidenciável tucano fizera reparos às obras do São Francisco.
Lula fez graça: "Eu não sabia que o Serra tinha preocupação com o Nordeste, mas se tem perto das eleições, é bom sinal..."
"[...] O Serra que fique esperto para ver o que vamos inaugurar de irrigação no Nordeste nesses próximos meses, projetos parados por anos e não por nossa culpa".
Em São Paulo, Serra foi à tréplica: "Não fiz nenhuma crítica. Disse que pararam as obras de irrigação...”
“...Se ajudar a ter um metro a mais de irrigação, vou ficar feliz. Se o que disse aumentar a irrigação, vou ficar contentíssimo".
De resto, Lula reincidiu numa prática que já se tornou rotineira. Pôs-se a desancar o TCU. Atribui ao tribunal de contas os atrasos no cronograma das obras.
"Muitas vezes, o TCU diz que tem indícios de sobrepreço, e aí para, aí você tem que fazer todo um processo [...]”.
Fazer obras no Brasil de hoje tornou-se, no dizer de Lula, “muito difícil”. O mais difícil ele não mencionou: o convívio do contribuinte com as malfeitorias.
Preferiu realçar que verbas não faltam. “Não existe nenhuma obra parada no Brasil por falta de dinheiro...”
“...Se tem alguma obra parada, é alguma coisa ou da Justiça ou de briga entre empresários ou do Tribunal de Contas. Porque falta de dinheiro não existe".
Incomodada como o cheiro de campanha que exala da pa©aravana de Lula, a oposição decidiu encaminhar ao Planalto um pedido de informações.
O tucanato quer saber quanto custou a viagem de três dias. Cogita representar contra Lula e Dilma na Justiça Eleitoral.
Lula dá de ombros: "O que a oposição quer é que o país pare [...]. E o que a situação quer é trabalhar mais, pra não dar razão pra oposição [...]".
Escrito por Josias de Souza às 20h14
1 Comentários:
Já vai sair tarde demais. Se o povo do Rio Grande for mesmo inteligente como fala que é -- não vai eleger esse horroroso fã de Batistti.
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