domingo, 31 de maio de 2009

Dilma diz que Lula está certo ao afirmar que vai eleger sucessor

FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Caruaru (PE)

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), disse ontem que concorda com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando ele afirma que fará seu sucessor na eleição de 2010.

"O presidente tem grande capacidade de análise. Acredito que o candidato do governo, seja ele quem for, tem grande chance de ganhar", disse Dilma, pré-candidata do presidente Lula para a eleição presidencial do ano que vem.

Dilma participou ontem à noite da abertura do São João em Caruaru (136 km de Recife), uma das festas mais populares do Nordeste.

A ministra não quis comentar o resultado da pesquisa Datafolha, que mostrou uma queda na distância entre ela e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na intenção de voto para presidente.

"Pesquisa é algo volátil, tem dia que sobe, tem dia que desce. Tudo isso é muita espuma. Vamos tratar do forró, que a gente lucra mais", disse a ministra ao chegar em Caruaru.

Sobre o tratamento que faz contra um câncer linfático, a ministra disse que tem evitado o trabalho excessivo, mas que mantém seu o ritmo normal.

"É óbvio que em alguns momentos eu me sinto mais debilitada. Em outros, não sinto nada. Quimioterapia não é algo fácil, é bastante desagradável. Agora, não é nada insuportável", disse.

A ministra voltou a comentar as manifestações de solidariedade que tem recebido de pessoas de todo o país, como cartas e medalhas de santos.

Dilma negou que já esteja em campanha e disse que estava só participando de uma festa.

"É muito importante conhecer [a festa de São João].

Sou de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul e acho que esta é uma oportunidade rara", disse.

Dilma viajou de Brasília a Recife em um avião do governo de Pernambuco.

Da capital até Caruaru, ela viajou de carro, acompanhada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e pelo ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro.

sábado, 30 de maio de 2009

Minc diz que se sente com a "alma lavada" após conversa com Lula

FÁBIO GRELLET
da Folha de S.Paulo

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou ontem que, diante da reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às suas reclamações, durante reunião ocorrida anteontem, sente-se "de alma lavada" e certo de ter apoio de Lula para permanecer no cargo.

Minc declarou que, nos dois últimos meses, só havia recebido notícias ruins sobre meio ambiente. "É normal perder algumas e ganhar outras [disputas sobre exigências ambientais]. Mas, nos últimos dois meses, aquele meu bolero dois pra lá, dois pra cá estava desequilibrado: dois pra lá, dois mais pra lá ainda", disse.

O ministro relatou a conversa que teve com Lula. "Falei: 'Presidente Lula, como é que é possível garantir a sustentabilidade do país se o meio ambiente está perdendo a sustentabilidade política? Como é que eu vou segurar a sustentabilidade do país se o próprio ministério está sendo solapado?'"

Minc disse ter reclamado sobre seis temas e ter recebido a garantia de Lula de que suas exigências serão respeitadas. "Saio com uma visão de respaldo do presidente da República. Quem quiser brigar, vai discutir com o presidente. Ele me deu força e eu a exercerei."

Dois dos temas tratados envolvem outros ministérios. Segundo Minc, alguns colegas de Esplanada incentivaram congressistas a votar contra regras ambientais defendidas pelo governo. Minc afirmou que Lula se comprometeu a advertir ministros que ajam assim.

O segundo tema foi a construção da rodovia BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO). Minc é contra a obra, temendo desmatamento de trecho da Amazônia, mas estipulou dez exigências para conceder licença ambiental à obra.

De acordo com o ministro, o seu colega Alfredo Nascimento (Transportes), pré-candidato ao governo do Amazonas, quer que as exigências sejam cobradas apenas ao final da obra --assim, a construção começaria antes da disputa eleitoral. "Se perdeu o tempo da eleição, como diria meu filho, só lamento. Não me importa o tempo político da obra."

O Ministério dos Transportes informou que não vai se manifestar sobre a crítica de Minc.

A instalação de usinas de álcool e a plantação de cana no entorno do Pantanal também foram temas da conversa de Minc com Lula. O ministro disse que o presidente se comprometeu a manter a área livre da produção de álcool, para evitar a contaminação de rios.

O último tema da conversa foi o agendamento de uma reunião, pedida por Minc, entre Lula e representantes da agricultura familiar. "Tentam me constranger, me intimidar. Mas isso não vai acontecer, porque eu tenho casca grossa", declarou Minc.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Múcio critica proposta de terceiro mandato e diz que Lula não pensa em continuar no cargo

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

O ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) criticou nesta quinta-feira a PEC (proposta de emenda constitucional) apresentada pelo deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) que permite duas reeleições continuadas para prefeitos, governadores e presidente da República.

"Terceiro mandato? Pelo amor de Deus. Está no Congresso mas o governo não pensa nisso hora nenhuma nem o presidente," disse.

Múcio insinuou que a bancada governista não deve trabalhar para aprovar a proposta. "Brasil tem uma democracia consolidada mas, às vezes, tem gente que se embriaga. Temos que nos orgulhar da nossa Constituição e do presidente que tem 84% de aprovação é o maior guardião dela. Fiquem tranquilos que tudo vai continuar como está", afirmou.

Barreto conseguiu o apoio de 194 deputados --23 a mais que o necessário-- à matéria. Segundo o deputado, quatro deputados do PSDB e 11 do DEM teriam assinado a proposta. A Mesa Diretora da Câmara ainda não divulgou os nomes dos 194 deputados que assinaram a proposta uma vez que ainda vai conferir as assinaturas de cada um.

Para valer a tempo de ampliar o mandato de Lula, a PEC precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até setembro -- prazo limite para mudanças na legislação eleitoral referentes à disputa de 2010.

Depois de conferidas as assinaturas, a PEC tem que ser admitida pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e segue para discussão em uma comissão especial a ser criada na Câmara. Só depois disso é que segue para votação nos plenários da Câmara e do Senado, o que pode não ocorrer a tempo de valer para as eleições de 2010.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Lula: pressão do PMDB por cargos de ‘é chantagem’ (Do Blog do Josias)


Fábio Pozzebom/ABr



De volta a Brasília, depois da viagem que fez à Arábia Saudita, China e Turquia, Lula aproveitou o final de semana para inteirar-se das novidades petroleiras.



Conversou com um ministro e um assessor. Disse a ambos que não aceita barganhar cargos com o PMDB em troca da fidelidade do ‘aliado’ na CPI da Petrobras.



Chamou pelo nome as insinuações que os peemedebistas penduraram nas manchetes: “Isso é chantagem”.



Abespinhado, Lula afirmou que, se esse for o preço do PMDB, não tem a mais remota intenção de pagar.



Responsável pela indicação dos três nomes que representarão o PMDB na CPI, o líder Renan Calheiros (AL) empurrou as escolhas com barriga na semana passada.



Em privado, disse que aguardaria a chegada de Lula. Quer conversar com ele antes de entregar a lista de nomes ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O que deve ocorrer nesta segunda (25).



Renan nega, de pés juntos, que o PMDB esteja reivindicando o reforço de suas posições na Petrobras.



Em movimento simultâneo, senadores do grupo de Renan espalham que o partido deseja a cadeira do petista Guilherme Estrella.



Vem a ser o diretor de Exploração e Produção da Petrobras. É, por assim dizer, o homem do pré-sal.



Assim funciona o PMDB de Renan: lança mão de estragemas para obter seus subterfúgios.



Insinua a pretensão por um cargo que, de antemão, sabe que não vai obter. E acaba obtendo algo que parecia não pretender.



O objetivo real de Renan é o de recuperar a interlocução com Lula. Nas suas relações com o PMDB, o presidente passou a privilegiar Michel Temer (SP).



A CPI da Petrobras avançou no Senado com a providencial ajuda do PMDB de Renan, que não moveu uma palha para impedi-la.



Agora, Renan vai a Lula para mostrar-se útil. De saída, sugere acomodar no posto de relator da CPI o líder de Lula na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR).



Simultaneamente, vende a idéia de que a presidência da comissão seja entregue a um oposicionista ameno: ACM Jr. (DEM-BA).



Com isso, amarra o PSDB. O tucanato reivindicava o posto para um tucano carbonário: Álvaro Dias (PR). Mas vê-se compelido a aceitar a opção ‘demo’.



A oposição briga para que a CPI seja instalada até quinta-feira (28). Na véspera, o diretor Guilherme ‘Pré-sal’ Estrella desfilará pelo Legislativo. Por sorte, vai à Câmara, não ao Senado.



Junto com outros dois diretores da Petrobras –Maria das Graças Foster (Gás e Energia) e Paulo Roberto Costa (Abastecimento) – Estrella vai a uma comissão da Câmara.



Discorrerá na Comissão de Desenvolvimento Econômico sobre o plano estratégico de negócios da Petrobras para os próximos anos.



A audiência é um retrato do aparelhamento político a que foi submetida a Petrobras. Estrella e Maria das Graças integram a cota do PT.



Paulo Roberto foi indicado pelo PP. Apadrinhou-o, veja você, o ex-deputado mensaleiro José Janene (PP-PR).



O PMDB também tem um par de nomes pendurados no organograma da Petrobras. Não vão à Câmara porque não lhes cabe lidar diretamente com o plano de negócios da estatal.



São eles: Jorge Luiz Zelada (diretoria Internacional), homem do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ)...



...E Sérgio Machado (presidente da Braspetro), um ex-senador do Ceará, unha e cutícula com Renan.



Daí a irritação de Lula com o apetite desmedido do sócio majoritário de seu consórcio partidário.

Escrito por Josias de Souza às 03h48

domingo, 24 de maio de 2009

Lula está preocupado com CPI e câmbio

KENNEDY ALENCAR
colunista da Folha Online

Após viagem de mais de uma semana ao exterior, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao país e encontrou dois belos abacaxis para descascar: o real valorizado em relação ao dólar que dificulta exportações e a guerra entre PMDB e PT no Senado que pode atrapalhar os planos de controlar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras.

Quem falou com o presidente ouviu que ele está preocupado com os dois abacaxis. Obviamente, o câmbio é um problema maior, por ser mais difícil de solucionar. Mas Lula não pode bobear com a CPI. O governo já experimentou o gosto de ver desandar uma investigação congressual que pensava controlar. Em final de mandato e numa hora de crise econômica, é coisa complicada.

Vamos por partes.

O Ministério da Fazenda e o Banco Central voltaram a se estranhar. O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse com todas as letras que o câmbio era "preocupante" e que seria precisa reduzir juros. Foi ao ponto.

O Brasil ainda tem uma taxa básica de juros sideral se comparada à dos demais países. São 10,25% ao ano. Para o investidor estrangeiro, vale a pena trocar dólares por reais, aplicar no país e ganhar uns belos trocados. Como diz o economista Delfim Netto, o Brasil é o último peru com farofa no mundo.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e seus companheiros de instituição já ensaiam o discurso de que a culpa pelo câmbio valorizado não é só dos juros. Verdade. Mas o peso dos juros é, hoje, o fator predominante. Nosso BC já deu mostras seguidas de conservadorismo, não deverá perder dinheiro quem continuar acreditando nisso.

Lula vai arbitrar uma nova briga na equipe econômica. Ao mesmo tempo, cobrará da Fazenda medidas de incentivo ao setor exportador e de incremento do consumo. O real valorizado prejudica as exportações. O governo deverá adotar medidas pontuais para alguns setores, como a indústria de calçados, de tecidos e de frigoríficos. Deverá ser uma combinação de mais linhas de financiamento dos bancos oficiais com alguma redução de tributos.

Em relação ao consumo, Lula continua apostando no mercado interno como meio para minimizar os efeitos da crise econômica. Quer ver se encontra um jeito de o brasileiro consumir uma parte dos produtos que seria vendida ao exterior.

*

Renan x Mercadante

O principal problema do governo no Senado não é a CPI da Petrobras. É o desentendimento no Senado entre o PT e o PMDB, os dois maiores partidos que sustentam a administração Lula. O líderes Renan Calheiros (PMDB-AL) e Aloizio Mercadante (PT-SP) se odeiam.

Renan está magoado. Acredita que foi abandonado pelo PT e não digeriu ainda os petardos que levou quando o petista Tião Viana (AC) lançou sua candidatura à presidência do Senado. Viana e o PT foram derrotados por Renan e o PMDB, que elegeram José Sarney (AP) para o comando da Casa. Mas a batalha ressuscitou lembranças do episódio que levou Renan a renunciar à presidência do Senado em 2007.

O PMDB do Senado quer voltar a ter interlocução privilegiada com Lula. Quer negociar os planos eleitorais de seus caciques para 2010. Cobra do PT espaço em alianças futuras nos Estados.

No início da semana, o presidente vai se reunir com peemedebistas. Buscará apaziguar ânimos e garantir apoios futuros. Se tiver sucesso, crescerá a chance de o governo controlar a CPI da Petrobras.

*

Boxe federal

As CPIs sempre dão chance à oposição de desgastar o governo. Não é incorreta classificá-las de instrumentos de oposição. Como não é ilegítimo o governo tentar minimizar a CPI da Petrobras. Afinal, luta política é algo natural.

Mas as CPIs também podem ser instrumentos eficientes de investigação, de combate à corrupção. O país ganhou com muitas delas. Logo, governo e oposição cumprem cada um o seu papel.

Para o governo, CPI é sempre ruim. Algum controle é possível, como o governo mostrou nas CPIs dos cartões corporativos e na dos grampos. No entanto, nem sempre se segue o roteiro à risca.

Na CPI da Petrobras, o governo vê a chance de acuar politicamente a oposição, relembrando o carimbo de que o PSDB é defensor da privatização de modo geral e insinuando que desejaria vender a Petrobras em particular se tivesse apoio político para tanto.

É ruim uma CPI na qual a oposição já entra se defendendo. Nas dos cartões corporativos, havia um dossiê antitucano elaborado na Casa Civil a jogar o governo para o canto do ringue. Agora, o governo tem um discurso que talvez não seja suficiente para nocautear o PSDB, mas que talvez possa fazer a luta terminada empatada por pontos.
Kennedy Alencar, 41, colunista da Folha Online e repórter especial da Folha em Brasília. Escreve para Pensata às sextas e para a coluna Brasília Online, sobre bastidores do poder, aos domingos. É comentarista do telejornal "RedeTVNews", de segunda a sábado às 21h10, e apresentador do programa de entrevistas "É Notícia", aos domingos à meia-noite.

E-mail: kennedy.alencar@grupofolha.com.b

domingo, 17 de maio de 2009

Na Arábia Saudita, Lula critica senadores que assinaram CPI da Petrobras

Lula e Marisa visitam museu em Riad

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Aziz Filho
Da Agência Brasil
Enviado Especial a Riad (Arábia Saudita)
O presidente Lula criticou hoje (17) os senadores que assinaram o requerimento para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar possíveis irregularidades na Petrobras. Em entrevista coletiva na Embaixada do Brasil na Arábia Saudita, Lula lamentou a tentativa de envolver a Petrobras em "questões políticas menores" em um momento importante para o crescimento da empresa.


"Eu até agora não sei o que está por trás disso. Possivelmente alguns que assinaram estavam querendo tirar das suas costas todo esse debate que a imprensa está fazendo sobre o Senado. Outros, possivelmente, estejam preocupados com o processo eleitoral de 2010. Eu, francamente, estou preocupado em governar o Brasil e vou me dedicar a isso", declarou o presidente.

No segundo e último dia da visita à Arábia Saudita, Lula participou da assinatura de vários acordos de cooperação, afirmando que as relações do Brasil com os países do Golfo Pérsico entraram em "uma nova era".

Ele disse que a união entre brasileiros e sauditas pode resultar até na construção do maior polo petroquímico do mundo, citando os investimentos de US$ 10 bilhões no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro e US$ 20 bilhões que os árabes investem em outro polo - em qual o Brasil poderia, segundo Lula, participar. De Riad, Lula segue para a China e, depois, para a Turquia.

O presidente contou aos jornalistas que na reunião que teve ontem (16) à noite com o rei Abdullah, no Palácio Real, conversou sobre a paz no Oriente Médio. Lula voltou a defender a criação de um estado palestino e manifestou seu apoio à proposta da Arábia Saudita para um acordo de paz, que envolve o reconhecimento, pelos países da região, dos estados de Israel e da Palestina.

Lula disse que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tem um papel importante a cumprir, apesar de a responsabilidade sobre um acordo na região não depender apenas de um país, mas das Nações Unidas.

Obama, segundo Lula, também deveria atuar pelo fim do bloqueio comercial a Cuba e pela reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Na opinião do presidente, só depois dessa reforma, ampliando a composição do conselho, é que devem ser escolhidos os países que passariam a integrá-lo.

* do UOL Notícias

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Dilma Rousseff envia mensagem para a festa da Força Sindical

da Agência Brasil

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, não compareceu às comemorações do Dia do Trabalho promovidas pela Força Sindical, em São Paulo. A ministra tinha sido convidada pela entidade, mas enviou uma carta lamentando a impossibilidade de estar presente por causa de agenda com o presidente Lula, no Rio de Janeiro.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, leu a carta enviada por Dilma Rousseff, na qual afirma que o Dia do Trabalho é uma data universal em que se comemoram as conquistas ao longo da história e se "reverenciam a memória dos lutadores que se foram e se prepara o ânimo para as jornadas que hão de vir, sempre por dias melhores para os trabalhadores do mundo inteiro".

A ministra também lembrou da luta dos metalúrgicos do ABC que, com seus movimentos grevistas por melhores condições de trabalho e salários, enfrentaram o regime militar. "Celebremos os memoráveis 1º de Maio do Grande ABC e de tantas outras localidades, que nos idos de 1979, 1980, e nos anos seguintes, muitos de vocês mobilizaram multidões, foram às ruas e desafiaram o regime militar na luta pelas liberdades democráticas", disse.

Segundo Dilma, as lutas dos trabalhadores do ABC "nos deram um líder que hoje governa o Brasil. Um líder metalúrgico com o compromisso de resgatar a dignidade de nosso povo, reduzir a desigualdade entre ricos e pobres e construir a nação de nossos sonhos, um Brasil próspero, democrático, mais justo e livre".