Governo suspende negociações sobre reajuste salarial de servidores, diz Jucá
LÍSIA GUSMÃO
Colaboração para a Folha Online, em Brasília
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse hoje que as negociações sobre o reajuste dos salários dos funcionários públicos estão suspensas até a aprovação do Orçamento de 2008. No entanto, ele afirmou que o governo vai honrar os compromissos já firmados.
Jucá não soube informar se os militares estão nesta mesma situação ou se o governo vai negociar separadamente o reajuste deles.
O líder se reuniu hoje com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. "Se houver compromisso firmado será mantido", disse o líder.
Jucá afirmou ainda que o governo vai negociar separadamente com cada categoria de servidor público. Mas ele já adiantou que discussões em torno das reivindicações sobre revisão dos planos de cargos e salários sejam revisados foram adiadas. "Reajuste salarial não é como corda de carangueijo: tudo junto, tudo amarrado", afirmou.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, já havia dito que os salários dos servidores públicos e dos militares estão congelados até que o "rombo" de R$ 40 bilhões no Orçamento, provocado pela extinção da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), esteja resolvido.
"Nós não temos a menor condição de decidir nenhum aumento de pessoal no momento em que eu tenho um desequilíbrio no Orçamento. Eu preciso primeiro resolver os problemas do Orçamento para depois tratar disso", disse o ministro.
Funcionalismo
A Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público) ameaça convocar uma plenária logo depois do Carnaval para discutir uma possível paralisação dos servidores públicos. O protesto seria uma resposta ao eventual cancelamento dos reajustes salariais da categoria.
"Nosso reajuste não pode ser cancelado por conta de um motivo que não tem nada a ver com o funcionalismo. Os servidores não têm culpa de nada", disse Sérgio Ronaldo da Silva, diretor da Condsef.
Segundo ele, os servidores devem se reunir com o ministro Paulo Bernardo no dia 23. "Neste dia, esperamos que o ministro mantenha os acordos já fechados. Caso contrário, vamos colocar o bloco na rua. Ou seja, vamos convocar uma plenária para discutir paralisação", afirmou o diretor do Condsef.
Fonte: Folha Uol
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u361793.shtml
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